Silvana Lima é favorita a conseguir vaga para Tóquio 2020

Cearense, duas vezes vice-campeã mundial, está entre as duas brasileiras mais bem ranqueadas no Circuito Mundial e deve garantir vaga. Entre os homens, Gabriel Medina e Rafael Toledo largam na frente para ficarem

A temporada 2019 da Liga Mundial de Surfe (WSL) começa na Austrália, novamente com domínio brasileiro entre os participantes da competição masculina e pelo menos três deles entre os principais candidatos ao título. A novidade é que neste ano também haverá disputa pelas vagas destinadas ao País na Olimpíada de Tóquio 2020, quando o esporte fará sua estreia.

A principal forma de se classificar para o evento no Japão é se destacar na Liga Mundial de 2019. Garantem vaga os 10 primeiros do ranking entre os homens e as oito primeiras mulheres. Como há limite de até dois representantes por país em cada gênero, a tendência é que as vagas para a competição masculina sejam bastante disputadas entre os 11 surfistas brasileiros na elite.

O Brasil repete o número registrado no ano passado e novamente é a nação com o maior número de atletas na competição, superando concorrentes tradicionais como Austrália e Estados Unidos.

Entre as mulheres, as vagas brasileiras devem ficar com as duas representantes do País na elite: a cearense Silvana Lima, de 34 anos, duas vezes vice-campeã mundial, e Tatiana Weston-Webb, de 22 anos, que vive no Havaí desde os dois anos de idade e somente em 2018 passou a defender o Brasil.

"A partir de Bali (3ª etapa), é que eu vou estar pontuando. As expectativas são as melhores. Nem imagino como deve ser, a gente só vê pela TV. Vai ser muito bom para o nosso esporte. Este 2019 vai ser um ano de muita superação, de muito foco, e eu espero que a Silvana esteja nas Olimpíadas", disse a atleta, que se recupera de uma cirurgia e não estará nas duas primeiras etapas deste ano.

Na categoria masculina, os favoritos do País ao título são o bicampeão mundial Gabriel Medina (2014 e 2018), Filipe Toledo e Ítalo Ferreira, respectivamente 3º e 4º lugares no ano passado. Ao menos um deles, no entanto, ficará fora da disputa olímpica em 2020.

Entre os rivais estrangeiros, destaque para o australiano Julian Wilson, atual vice-campeão, e John John Florence, vencedor em 2016 e 2017.

Oito nomes do País tentarão surpreender: Willian Cardoso, Michael Rodrigues, Adriano de Souza (campeão em 2016 e que começa a temporada lesionado), Yago Dora, Jessé Mendes, Peterson Crisanto, Deivid Silva e Jadson André.

Tem mais vaga

Há outras formas de se classificar para Tóquio além da Liga Mundial. Os Jogos Mundiais de Surfe (organizados pela ISA, federação internacional da modalidade, e menos relevantes que a liga) e o Pan-Americano de Lima, no meio do ano, também distribuirão vagas. No caso brasileiro, a tendência é que elas sejam preenchidas já pelo primeiro critério de classificação, que é o desempenho na liga.

Medina, de 25 anos, que chegou a dizer no início de 2018 que a Olimpíada não seria uma prioridade, adotou discursou bem mais empolgado com os Jogos desde que conquistou o bicampeonato, em dezembro. "As Olimpíadas vão ser demais. Vai ser uma honra representar o Brasil no Japão. As Olimpíadas vão ter o mesmo peso do circuito mundial", afirmou.

Igualdade

Além do duelo pelas vagas nas Olimpíadas em Tóquio, a edição 2019 da Liga Mundial de Surfe terá mais uma novidade. Pela primeira vez na história, a premiação para homens e mulheres será a mesma em todas as etapas do circuito. A medida foi anunciada em setembro.


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