Sem Sampaoli, Chile está longe da geração campeã de 2015 e 2016

Desenho do time feito pelo técnico argentino não foi acompanhado pelos sucessores. A consequência negativa foi ter ficado fora da Copa do Mundo da Rússia e os problemas de relacionamento no elenco, que tenta se recompor

Legenda: Chile tenta superar mau momento e evoluir dentro da Copa América
Foto: Nelson Almeida/AFP

Uma única peça faz a diferença no futebol atual, de senso cada vez mais coletivo e físico? Quando este fator de referência está fora de campo? A história da mais vitoriosa e forte geração chilena passa pela responsabilidade do treinador argentino Jorge Sampaoli. Com ele, bom desempenho na Copa do Mundo em 2014, aqui no Brasil, no ano seguinte, o maior título de expressão da 'La Roja', a Copa América de 2015. Saiu por problemas internos com a Federação Chilena.

Os bons resultados seguiram a tese de "geração histórica" com o bicampeonato da Copa América, em 2016, já sem Sampaoli. Mas a quebra do vínculo entre a Seleção Chilena e o treinador argentino trouxe consequência a médio prazo: ficou fora da Copa do Mundo na Rússia, ano passado. Então, os chilenos ainda carregam consigo o questionamento: foi a geração ou a única peça que estava no comando técnico?

A goleada na estreia contra o Japão mostra otimismo, sob novo comando, agora, do colombiano Reinaldo Rueda. Ele está buscando "equilíbrio", principal definição dada pelo treinador após o resultado da estreia. E para aumentar o passo da classificação, vem o primeiro "teste" de Rueda, contra o Equador, às 20 horas, na Arena Fonte Nova.

Se há necessidade de provações, a fase de grupos é o primeiro estágio de Vidal, Vargas e Sanchéz, o escudo desse período vitorioso do Chile. O goleiro Cláudio Bravo, outro ícone, está fora da Seleção desde outubro de 2017. O fracasso nas eliminatórias evidenciou problemas de relacionamento e de disciplina no grupo. O ciclo para 2022, iniciado na Copa América, é o primeiro passo para derrubar toda turbulência que vive a equipe desde a saída de Sampaoli em 2016.

Os próximos resultados vão direcionar o caminho da 'La Roja'. Uma vitória hoje, contra os equatorianos, direciona um confronto direto pela liderança do grupo contra o favorito Uruguai na última rodada. Os primeiros passos serão definidos pelos resultados dentro da Copa América, mesmo sem o favoritismo, apesar de ter conquistado as últimas edições do torneio, o desempenho definirá a responsabilidade de Rueda.

A Verdinha transmite, logo mais, às 20 horas, a busca por recuperação da geração chilena após o fracasso de não ter disputado a Copa da Rússia.