Sem principais jogadores, EUA faz sua pior campanha em Mundial

Com derrota para a Sérvia, a segunda seguida, o time norte-americano disputará a sétima posição contra a República Tcheca. Técnico Gregg Popovich não teve astros da NBA, que estão machucados ou pediram licença

Os desfalques dos melhores jogadores da NBA por conta de lesões ou pedidos de licença custaram muito caro à seleção dos Estados Unidos, maior detentora de títulos em Mundiais e Olimpíadas. Com um time formado por atletas de segundo escalão da liga profissional, os norte-americanos chegaram invictos às quartas de final do Mundial de Basquete, que está sendo disputado na China, mas foram eliminados contra a França. Ontem, um dia depois da derrota que acabou com uma invencibilidade de 48 partidas, mais um vexame ao confirmar que terá a sua pior campanha na história da competição.

Na cidade de Dongguan, os Estados Unidos mostraram que não se recuperaram do baque sofrido contra a França e foram derrotados pela Sérvia por 94 a 89, no início da disputa do quinto ao oitavo lugar. Assim, amanhã jogarão contra a Polônia, que foi batida pela República Tcheca por 94 a 84, para ver quem terminará a competição na sétima posição. O pior desempenho do time norte-americano até aqui era a sexta colocação no Mundial de 2002, realizado em casa, em Indianápolis.

Em 17 edições do Mundial, os Estados Unidos conquistaram o título em cinco oportunidades, sendo que é o atual bicampeão. Além disso, ficou com vice por três vezes e terminou em terceiro lugar em outras quatro. Nos cinco campeonatos restantes, obteve o quarto posto em 1963 e 1967 e o quinto em 1970 a 1978, além da sexta colocação em 2002.

Neste ano, em que faz a pior campanha de sua história em Mundiais, os EUA já demonstraram que o time não era tão competitivo assim. Basta lembrar da partida contra a Turquia, vencida por um ponto, na prorrogação. Nas partidas da 2ª fase, contra Grécia e Brasil, a equipe se mostrou instável em diferentes momentos, chegando a ser ameaçado pelos adversários.

Em quadra, o técnico Gregg Popovich, do San Antonio Spurs, tentou dar uma injeção de ânimo nos jogadores, mas isso não adiantou muito.

Derrota para a Sérvia

O primeiro quarto foi todo da Sérvia, que ganhou por incríveis 32 a 7. A reação norte-americana veio no segundo período com o triunfo por 33 a 12, que deixou a vantagem sérvia no intervalo de apenas quatro pontos (44 a 40). Mais equilibrado, o segundo tempo foi uma corrida dos Estados Unidos para alcançar o rival, mas sem sucesso.

O destaque do jogo foi o armador Bogdan Bogdanovic, do Sacramento Kings, que foi o cestinha com 28 pontos, além de quatro rebotes e seis assistências. Os alas Vladimir Lucic e Vasilije Micic também ajudaram com 15 e 10 pontos, respectivamente.

No lado dos Estados Unidos, o ala Harrison Barnes, companheiro de Bogdanovic nos Kings, foi o melhor com 22 pontos, cinco rebotes e quatro assistências.


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