Sebastian Vettel vence GP de Cingapura e acaba com jejum

Piloto alemão não vencia uma prova fazia 23 corridas e conseguiu chegar em 1º lugar graças a uma estratégia de equipe que acabou prejudicando seu companheiro Charles Leclerc, que havia sido pole position

Legenda: Vettel não vencia há 23 corridas e quebrou jejum neste domingo
Foto: Mohd Rafan/AFP

O alemão Sebastian Vettel, da Ferrari, conquistou em Cingapura seu primeiro Grande Prêmio em 23 corridas, graças a uma brilhante estratégia, cruzando a linha de chegada à frente do companheiro de equipe, o monegasco Charles Leclerc, que largou da pole.

O holandês Max Verstappen, da Red Bull, completou o pódio da 15ª corrida da temporada 2019, no circuito urbano de Marina Bay.

O britânico Lewis Hamilton, da Mercedes, líder do campeonato mundial, terminou a prova em 4º lugar, na frente do companheiro finlandês Valtteri Bottas.

Apesar do quarto lugar, Hamilton aumentou sua vantagem na liderança do campeonato mundial de 63 para 65 pontos em relação ao maior perseguidor, o próprio Bottas.

Para a Ferrari, que precisou esperar até os últimos dois GPs, na Bélgica e na Itália, para vencer as primeiras corridas em 2019, ambas com Leclerc, a dobradinha foi a primeira desde o GP da Hungria de 2017. "O começo da temporada foi difícil para nós, mas nas últimas semanas nós realmente ficamos vivos", declarou Vettel, ao fim da prova.

E a dobradinha da Ferrari foi inesperada, já que o circuito urbano de Cingapura, repleto de curvas e poucas retas de alta velocidade, teoricamente não favorece as características dos carros da escuderia.

Largando na pole em um circuito em que ultrapassagens são raras, Leclerc não esperava ver seu companheiro de equipe, que saiu do terceiro lugar, ultrapassá-lo e assumir a liderança da prova na saída dos boxes, após seguir conselhos "de último minuto" da Ferrari. "Não entendo (essa estratégia). Temos que conversar depois da corrida. Acho que foi injusto", reclamou o monegasco na rádio interna durante a corrida.

Outro piloto prejudicado por uma estratégia errada foi Hamilton, que optou por ficar na pista o máximo possível antes da primeira parada para tentar proteger o segundo lugar, mas acabou perdendo duas posições ao entrar nos boxes.

"Eu sabia que deveríamos ter feito o undercut. Eu meio que sabia disso esta manhã também na reunião. Eu pensei 'Vamos correr o risco'. Mas eles não fizeram. Mas vencemos e perdemos juntos como equipe, então vamos encarar isso. É doloroso para nós, porque poderíamos ter vencido facilmente hoje", comentou o pentacampeão mundial.

O tailandês Alexander Albon (Red Bull), o britânico Lando Norris (McLaren), o francês Pierre Gasly (Toro Rosso), o alemão Nico Hülkenberg (Renault) e o italiano Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo Racing) completaram o Top 10.

Boas disputas

Os destaques foram a briga por posições entre Valteri Bottas e Max Verstappen, quarto e quinto colocados, respectivamente. Os dois promoveram uma disputa bem arrojada na parte inicial da prova.

Só não foi mais intensa do que a entre Grosjean e Russell, que se tocaram, fazendo com que o piloto da Williams colidisse contra o muro. Foi necessária, ainda, a entrada do safety car na prova para que o carro do inglês fosse retirado da pista.

No próximo domingo (29), será a vez do GP da Rússia, no Circuito de Sochi, a partir das 8h10 (de Brasília).