Respeito ao trabalho dos menores

O Floresta deu um sufoco no Ceará. Fez 2 a 0 e assustou o Vozão. Susto também no treinador Lisca. No fim, um empate para acomodar a situação e evitar vexame maior. É preciso que se olhe melhor para o trabalho que vem sendo desenvolvido no modesto time da Vila Manoel Sátiro. Não tem estrelas de milhões, mas tem trabalho sério. Se assim não fosse, não teria deixado para trás um time grande como o Ferroviário. E não teria também encarado como encarou nos dois jogos mais recentes nada menos que Fortaleza e Ceará. Então, há que se reconhecer os méritos do Floresta, que tem formação pouco conhecida (Carlão, Danrley, Regineldo, Cláudio Caça-Rato e Zé Carlos; Marconi, Thalison, Bryan e Renê; Alisson e Tavares), mas eficiente, sob o comando de Paulinho Kobayashi. Sustenta proposta de jogo bem definida. É organizado quando se lança ao ataque. Méritos. O lateral-esquerdo Zé Carlos é um dos destaques do atual certame. No mais, o apelido esquisito de Caça-Rato. Bola que rola, vida que segue. Sem milhões, a montagem de um bom time que tem nome em homenagem a um dos mais importantes componentes do planeta: a Floresta.

Homenagem

Não sei quem batizou de Floresta o time da Vila Manoel Sátiro. O autor merece os melhores encômios. Enquanto no mundo todo se observa a destruição das florestas, comprometendo a saúde do planeta, alguém teve a felicidade de homenagear o verde, o pulmão da humanidade. Parabéns a este anônimo desportista e ambientalista.

Em campo

Hoje, Ceará e Fortaleza voltam a jogar pela Copa do Nordeste. Leão de Aço, líder, já classificado, recebe o ABC no Castelão. O ABC é o sexto colocado do Grupo B. Jogo para ser administrado pelo Fortaleza. Já em Salgueiro, o Ceará enfrenta o time que tem o nome do lugar. Um empate garante a classificação alvinegra.

Três frentes

Não está fácil ao Ceará trabalhar em três competições simultâneas. Quer queiram, quer não, mesmo com rodízio de elenco, há o natural desgaste. Se há um tropeço, a crítica vem, pois o torcedor não quer saber se quem jogou foi o time A ou o time B ou o time alternativo. Quer o resultado positivo. Se não conseguir, os radicais não perdoam.

O técnico Paulinho Kobayashi, de 49 anos, de Osasco, é um dos novos treinadores. Paulinho foi bom atacante. Jogou no Ceará em 1998 e 1999, anos em que o Vozão foi campeão. Como treinador, comandou o Altos do Piauí, Imperatriz do Maranhão e Portuguesa Paulista, dentre outros.

Lamentavelmente, as seguidas contusões de Juninho Quixadá têm impedido de o Ceará poder contar com um dos mais talentosos jogadores do seu elenco. Outro jogador que após a suspensão nunca mais voltou a jogar o mesmo futebol de antes é Pedro Ken. O prejuízo é grande para a produção alvinegra.