Rayssa Leal vem se destacando no skate e mira os Jogos de Tóquio 2020

Aos 11 anos, Rayssa Leal atrai holofotes no Mundial de Skate Street Skatista, nascida em Imperatriz, no interior do Maranhão, venceu o preconceito familiar para se tornar uma das atletas mais pops do esporte. São 432 mil seguidores no Instagram e o sonho de ir à Olimpíada de Tóquio 2020

Legenda: Rayssa Leal tem apenas 11 anos e está a uma manobra dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
Foto: FOTO: JULIO DETEFON/DIVULGAÇÃO

Os atletas mais bem ranqueados entrarão em ação hoje, às 14 horas, no Mundial de Skate Street, que está sendo disputado em São Paulo, no Complexo do Anhembi, em uma pista construída especialmente para esse evento que dá 80 mil pontos ao campeão no ranking olímpico. Os vencedores no masculino e no feminino darão passo importante para representar seu país nos Jogos de Tóquio, em 2020.

Entre as 24 semifinalistas que buscam uma das oito vagas para a final, amanhã, está Rayssa Leal, de apenas 11 anos, um fenômeno da modalidade e que apesar da pouca idade já vem obtendo ótimos resultados internacionais. O mais recente foi o título da etapa de Los Angeles da SLS (Street League Skateboarding), em 2019.

Agora ela chama atenção neste Mundial não só por causa do talento precoce, mas também pela legião de fãs que está atraindo. "Sou famosa nas redes sociais e também tem gente que me segue para ver as manobras. Na rua me param toda hora para tirar foto. Isso é legal, tem meninas que dizem que sou inspiração para elas. Fico muito feliz", conta.

No Instagram, ela tem mais de 432 mil seguidores. Lá, conta um pouco de sua rotina e mostra manobras em cima do skate. Tudo vigiado de perto pelos pais. Sua mãe Lilian está sempre junto e viaja com ela para as competições. Na escola, a professora envia as tarefas para a família e ela se desdobra para estudar. "O que mais sinto falta é dos meus amigos na escola. E o que mais gosto é estar viajando e conhecendo lugares novos", diz o jovem skatista.

Rayssa é de Imperatriz, no Maranhão, e teve a vida transformada pelo skate. Tem bons patrocínios e poderá disputar a Olimpíada, caso se classifique, porque não existe idade mínima para sua modalidade. Atualmente, está em segundo no ranking mundial, atrás apenas da amiga Pâmela Rosa, também brasileira. As duas estão à frente de Leticia Bufoni, considerada a melhor da modalidade, outra do Brasil.

"Eu comecei a andar com o apoio dos meus pais, mas muitas pessoas da minha família queriam que eu parasse. Comecei a andar com minha prima, mas ela parou por causa do preconceito. Eu nunca deixei isso entrar na minha cabeça, para não desanimar. Por isso digo para as outras meninas nunca desistirem dos sonhos", afirma.Para o Mundial de Skate Street, ela tem um skate especial. A própria atleta explica as suas escolhas de um jeito bem particular. "Gosto de um skate bem brilhoso. Ele é rosa, uma cor que amo, e quando bate a luz nele reflete o arco-íris", conta a garota, que espera mais um bom resultado.


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