Presidentes do Ceará e Fortaleza enaltecem uso do VAR em 2019

Consultados, Robinson de Castro e Marcelo Paz elogiaram a postura da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em promover a utilização do árbitro de vídeo durante a temporada de 2019 da Série A do Campeonato Brasileiro

Legenda: Os custos com a equipe de árbitros para operar o VAR serão pagos pelos 20 clubes que disputam a Série A em 2019
Foto: Foto: AFP

Todos os 380 jogos da Série A do Campeonato Brasileiro de 2019 terão a presença do árbitro de vídeo, ou VAR, o que deve gerar custos para os 20 clubes participantes dessa edição do torneio. Contudo, os presidentes do Ceará e Fortaleza, representantes do Estado na primeira divisão, consideraram benéfica a adição da ferramenta para a próxima temporada.

Ao todo, cada clube terá de pagar R$ 18,315 mil por jogo em que for mandante para arcar com os custos humanos necessários para o andamento do processo. Os clubes deverão pagar a equipe de árbitros adicional para operação do VAR, enquanto que os gastos com o equipamento ficará sob responsabilidade da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Somados os gastos, as 20 equipes da primeira divisão terão de despender R$ 6,9 milhões a mais em relação à edição de 2018 da Série A. Já para a CBF, o custo adicional ante a temporada passada será de cerca de R$ 12 milhões.

Entretanto, para Marcelo Paz, presidente do Fortaleza, a decisão de incluir o VAR nos jogos do "Brasileirão" foi extremamente positiva. Segundo o dirigente, o árbitro de vídeo foi o maior avanço para o futebol nos últimos anos, tendo ajudado a reduzir os erros cometidos em lances decisivos nos últimos anos.

Benefícios

Para Paz, os custos para os clubes deverão ser compensados justamente pela diminuição do número de erros em jogos da Série A.

"Eu acho que o VAR é a melhor invenção que tivemos nos últimos anos no futebol, e parabenizo a CBF pelo fato de insistir no tema. Não foi possível aplicar esse projeto no ano passado, mas tivemos uma redução de custos e será possível a aplicação nesse ano. É uma despesa para os clubes, mas deve trazer muitos benefícios para o jogo, com a redução dos erros nas partidas", avaliou Paz.

A opinião é compartilhada por Robinson de Castro, presidente do Ceará. O mandatário alvinegro ainda ressaltou o fato da aprovação da aplicação do VAR ter acontecido de forma unânime pelos dirigentes dos 20 clubes. Contudo, Robinson destacou que será necessário muita atenção na hora de treinar os árbitros que irão operar o equipamento durante a temporada.

"O projeto foi aprovado por unanimidade e traz a possibilidade de reduzir os erros (de arbitragem). É um instrumento a mais, uma ferramenta a mais para ser usada. Mas, claro, desde que os árbitros sejam bem treinados e bem capacitados para operar o sistema, até porque teremos um custo de R$ 18 mil por partida", afirmou Robinson.

Patrocínio

Para reduzir os custos para os clubes, o presidente do Fortaleza ainda ponderou que existe a possibilidade de negociar patrocínios para a utilização do VAR durante as transmissões. Com o aporte financeiro, os clubes, e a CBF, poderiam economizar para garantir o funcionamento do VAR durante toda a temporada.

"Os custos do VAR existirão, mas podem ser minimizados com a busca de um patrocínio, na hora que tivermos o uso do sistema nas transmissões, então eu estou muito satisfeito com essa decisão da CBF e com a aprovação pelos clubes", disse Paz.