Os lances finais de uma ascensão

Calma gente. Tudo tem o momento certo. A subida do Fortaleza está próxima. Consequência natural de uma campanha exemplar, onde, a despeito de oscilações, de altos e baixos, jamais deixou a faixa das primeiras posições. Hoje enfrenta o Atlético de Goiânia. Nos dois jogos anteriores o Fortaleza não jogou bem. Contra o Paysandu melhorou na fase final e ganhou nos acréscimos com gol de Gustavo. Diante da Ponte Preta cedeu o empate. Nestes momentos de definição da subida para a Série A, é muito comum o time não jogar bem. Há a ansiedade que, quer queiram quer não, atrapalha. Negar a ansiedade nessas horas é ilusão. Ela se instala imperceptível no subconsciente. E produz efeitos colaterais como a pressa, a afobação, a desatenção. Não raro, é preciso uma sacudida por parte do treinador para neutralizar esses efeitos. O Atlético, nos seus três jogos recentes, oscilou. Perdeu em casa para o Sampaio Corrêa (1 x 2), no Estádio Antonio Accioly, mesmo palco do jogo do Fortaleza hoje. Aí, fora de casa, ganhou do Brasil em Pelotas (1 x 2) e ganhou do Boa Esporte em Varginha (0 x 2). Série B é assim, cheia de mistérios.

Preocupação grande

Até que ponto poderá ficar comprometida a produção coletiva do Ceará com a ausência de Samuel Xavier, Richardson e Juninho Quixadá e a contusão de Leandro Carvalho? Bom, em Belo Horizonte Ricardinho e Juninho (Bahia) entraram e seguraram a produção. No caso presente, se Leandro ficar fora, temo por uma redução significativa nas incursões pela direita. Hora de Felipe Azevedo e Pedro Ken, se chamados a intervir, buscarem um ritmo mais forte. Ambos conhecem muito, mas ainda não alcançaram o melhor. Já é tempo.