Os ídolos são para todos os tempos

Cada geração se apega ao ídolo de sua época. Apego que vai muito além das manifestações nos campos de futebol. Apego que avança intacto, eternizado na memória e no coração. E assim, anos a fio, preservado nas imagens de revistas, jornais, TVs. Aí vem a pergunta: quem é o melhor? Fulano faria o que os ídolos de hoje fazem? Inverto a colocação: os grandes de hoje fariam o que os destaques de ontem fizeram? Leônidas da Silva, nas década de 1930 e 1940, encantou o mundo, máxime da Copa da França em 1938. Virou o "Diamante Negro". Depois dele, Pelé, o Rei. Depois Cruyff , Maradona. Hoje, Messi, Cristiano Ronaldo. Meus filhos, de 17 anos, duvidam que Garrincha, hoje, conseguiria driblar uma fila de marcadores como fazia quando campeão do mundo pelo Brasil em 1958. Argumento: se Messi faz, por que Garrincha não o faria? Ele teria a mesma preparação física de hoje. Então se adaptaria normalmente. Pergunto: será que Messi, com chuteiras antigas, bola pesada e preparação física menos intensa faria o que Garrincha fez? Resposta simples: faria. O craque é craque em todas as épocas. O talento se impõe, independentemente da preparação.

Apelidos

Messi é Messi mesmo. Assim Cristiano Ronaldo. Pelé mal saído da adolescência foi logo chamado de "Rei". Aí veio Gerson, Canhotinha de Ouro; Rivelino, a Patada Atômica; Jairzinho, o Furacão da Copa. Enfim, todos batizados pelo saudoso Geraldo José de Almeida, notável narrador de televisão, que deu show na Copa de 1970, no Tri do Brasil, no México.

Nossos

Mitotônio, ídolo do Ceará, morreu em 1951. Vi Gildo, o maior de todos os alvinegros; Mozart e Moésio, crias e ídolos do Fortaleza. Pacoti, ídolo do Ferrão. Alexandre Nepomuceno, o Grande Capitão do Ceará. Croinha, implacável artilheiro do Fortaleza. Será que esses não teriam hoje qualidade técnica igual ou superior aos ídolos de agora? Teriam, sim, pela preparação moderna.

Tudo é Relativo

Os atletas antigos eram lentos. Não tinham a bola leve, uniforme leve, nem gramado perfeito. Os ídolos de hoje, com seu preparo físico exuberante, renderiam tanto quanto os mais antigos, se tivessem de usar a bola mais pesada, uniforme pesado e gramado imperfeito? Certamente, sim.

O cearense everton, quando da vitória brasileira sobre a República Checa, em Praga, deu nova dinâmica ao setor ofensivo. Se o sacerdote Tite fizer uma reflexão profunda a respeito da produção de sua equipe, certamente chegará à conclusão de que Everton tem vaga na condição de titular. É veloz, driblador e chuta bem.

De Volta às pistas, o piloto cearense José Duarte vai disputar a temporada 2019 do SuperBike Brasil nas 600cc. Aos 21 anos, Duarte retoma sua carreira na motovelocidade pela equipe oficial Kawasaki Racing. José Duarte passou quatro anos na equipe do mito brasileiro do motociclismo, Alexandre Barros. Está pronto para os novos desafios.