Os assustadores fantasmas da zona de rebaixamento

O medo do rebaixamento passou a ser mais real quando a margem dos cearenses para o primeiro time fora da zona maldita passou a ser de apenas quatro pontos. Medo maior ainda porque os chamados times grandes, exceto o Cruzeiro, empreenderam reação ainda no turno. Com isso, Grêmio, Vasco da Gama e Fluminense, antes da "virada da montanha", alcançaram a faixa intermediária. Dos grandes, restou o Cruzeiro na zona de rebaixamento, mas com possibilidades de superação nas próximas rodadas. Ceará e Fortaleza têm de aproveitar melhor os jogos em casa. A derrota do Fortaleza para o Fluminense e o empate do Ceará com o Botafogo, ambos no Castelão, foram inadmissíveis pelas circunstâncias do jogo. Deixaram escapar vitórias certas. Três pontos a mais permitiriam hoje uma margem de sete pontos, bem confortável. O mais difícil vem agora. O futebol cearense quer confirmar as duas vagas que já detém. Se conseguir, será um feito notável porque nenhum estado do Nordeste tem dois times da Série A. Pernambuco perdeu todos os postos. A Bahia manteve um posto. O pleito dos cearenses continua ousado, mas corre riscos.

Sair da zona

O modesto CSA, que passou bom tempo como um dos prováveis degolados, empreendeu significativa reação. Ganhou do Fluminense no Maracanã, empatou com o São Paulo no Morumbi e empatou com o Cruzeiro em Maceió. Faturou cinco pontos diante de times grandes. Chegou aos 16 pontos e tem todo o direito de sonhar com a saída da zona baixa.

Mais difícil

A reação deu moral ao CSA que receberá o Ceará em Maceió. O que seria um desafio menor para o Ceará transformou-se num jogo extremamente difícil, porque os alagoanos com a vitória no Maracanã e empate no Morumbi engrossaram o pescoço. O CSA ser 18º é o que menos importa no momento.

Situações diferentes

Na sua estreia pela Série A 2019, o Fortaleza tomou uma goleada do Palmeiras (4 x 0) no Allianz Parque. Um vexame na era Rogério Ceni. Agora, sob o comando de Zé Ricardo, certamente o Leão não cometerá o erro cometido em São Paulo, quando, com quatro atacantes, tentou jogar de igual com o Verdão. Há que se reconhecer a superioridade do visitante, mas jamais abdicar de buscar a vitória.

O maior artilheiro do Campeonato Brasileiro continua sendo Roberto Dinamite, ídolo do Vasco da Gama, que marcou 190 gols. Depois, Romário (154 gols). O terceiro é Edmundo (153 gols). O ídolo do Flamengo, Zico, é apenas o quinto com 135 gols. Mas é bom lembrar que Zico deixou de participar durante os anos em que esteve na Itália.

Ausências. Palmeiras sem o atacante Dudu, um dos destaque do certame. Melhor para o Fortaleza que terá uma preocupação a menos. Mas olho vivo em Bruno Henrique, que tem o mesmo número de gols de Dudu: cinco. No Fortaleza, ausências de Wellington Paulista e Felipe Pires. A substituição de Wellington será fácil. A de Pires, não.