Wilton Bezerra: 'Voltar fora da zona, depois da Copa América, é o que se pretende'

Comentarista do SVM analisa campanhas de Ceará e Fortaleza na Série A do Brasileiro

Legenda: Vovô e Leão, mesmo contra elencos mais poderosos, têm demonstrado boas doses de coragem
Foto: Foto: Thiago Gadelha / SVM

Observo no torcedor cearense um grau maior de intolerância com as derrotas.

Quem perde é oprimido pelos que exigem vitórias, por cima de paus e pedras, ignorando a medida das coisas.

Desfia-se uma série de ações possíveis no jogo, não só para evitar a derrota, mas para ganhá-lo.

Sou contestado quanto a essa posição, com resposta na ponta da língua: “Em todo lugar é assim!”

Não. Não é. E por essas paragens alencarinas, treinadores e jogadores são oprimidos e estigmatizados.

Vou na levada de uma sentença muito recorrente nas entrevistas de técnicos e jogadores: “Não me sinto vencedor porque ganho, ou perdedor, se perco”.

O desejo de ganhar é acompanhado da angústia de perder um lugar precioso no cenário esportivo da Série A.

E aí, é preciso encontrar culpados, imediatamente, sem maiores reflexões.

Ceará e Fortaleza, dentro dos limites do possível, mesmo contra elencos mais poderosos, têm demonstrado boas doses de coragem, embora com resultados ainda insatisfatórios.

Esta será uma semana difícil. O Fortaleza, já na zona de degola, recebe o Cruzeiro, enquanto o Ceará vai ao Rio para enfrentar o Vasco da Gama.

Voltar fora da zona, depois da Copa América, é o que se pretende.