VAR polêmico: Veja as principais reclamações contra o árbitro de vídeo no Brasileirão

Novidade na Série A 2019, o árbitro de vídeo vem sendo destaque rodada após rodada

Legenda: Árbitro de vídeo tem gerado polêmicas na Série A do Brasileirão.
Foto: Foto: Raisa Martins

Grande novidade para a edição de 2019 do Campeonato Brasileiro, o árbitro de vídeo segue roubando a cena rodada após rodada e rendendo polêmicas. Apesar de visar diminuir os erros, o uso do VAR ainda é muito questionado, assim como as decisões tomadas a partir da utilização da ferramenta. 

Logo na rodada de abertura do Brasileirão, o VAR foi o assunto mais comentado. Foram 19 indicações para mudanças de decisão do árbitro. A maior parte foi para checar e revisar pênaltis e gols: 11 pênaltis, sete gols e uma expulsão. Destes lances, apenas oito tiveram a decisão inicial do campo alterada com o auxílio da tecnologia. 

Na primeira rodada, os lances foram revisados em oito oportunidades: seis para decisão de conceder ou não pênalti, uma para expulsão e uma para anular gol por impedimento. O protagonismo da ferramenta se confirmou ainda na partida entre Fluminense e Goiás. Foram três lances analisados. O primeiro foi um possível pênalti em Bruno Silva, do Tricolor carioca. Para avaliar o lance, o jogo ficou parado por quatro minutos e meio. 

O árbitro da partida ainda foi à beira do gramado para dar pênalti para o Fluminense por mão do zagueiro Yago, do Goiás, e para anular gol de Everaldo por impedimento de Luciano no lance. Somando as três análises, o jogo do Maracanã ficou parado por nove minutos e 58 segundos.

Ainda na primeira rodada, o árbitro do duelo entre Ceará e CSA foi acionado cinco vezes, em duas precisou revisar o lance. Aos 38 do primeiro tempo, o árbitro da partida marcou pênalti de Carlinhos em Leandro Carvalho. O jogo foi paralisado para o juiz conferir o lance, e Adriano Milczvski mudou de ideia e anulou a penalidade. Por conta das paradas, o jogo ficou interrompido por 10 minutos e 17 segundos.

O episódio mais recente ocorreu na disputa entre Ceará e Fluminense, pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro. No segundo tempo da partida, com tudo igual no Maracanã, Matheus Gonçalves aproveitou uma enfiada de bola de Thiago Galhardo, partiu em disparada e marcou o segundo gol do Ceará. Depois de longa consulta ao VAR, o árbitro decidiu anular o gol do Vovô. De acordo com a arbitragem, Felippe Cardoso estava em posição irregular e participou da jogada que resultou no gol.

Técnico do Alvinegro de Porangabuçu, Enderson Moreira opinou sobre a decisão da arbitragem ao final do jogo. "Acho que foi um erro grosseiro na minha concepção. Porque o VAR está para mostrar que não estava impedido. O Mateus que fez o gol não estava impedido".

O comandante do Ceará não é o primeiro a ficar na bronca com a inovação. Confira as principais reclamações registradas entre os clubes brasileiros e o árbitro de vídeo.

Botafogo x Palmeiras 
O Verdão levou a melhor no duelo foi disputado pela 6ª rodada do Brasileirão. Após Gatito soltar a bola na finalização de Dudu, Gabriel pisou no tornozelo direito de Deyverson, que foi ao chão. Inicialmente, o árbitro Paulo Roberto Alves Junior deu cartão amarelo para o atacante palmeirense por simulação. Em seguida, alertado pelo VAR, ele conferiu as imagens e marcou o pênalti. Gustavo Gómez converteu.

O Botafogo entrou com um pedido de anulação da partida por uso indevido do VAR. A reclamação do time carioca era que após o amarelo para Deyverson, o jogo foi reiniciado por alguns segundos. Sob os olhares do árbitro, o goleiro alvinegro chegou a tocar a bola para Gabriel, que devolveu ao paraguaio antes que Paulo Roberto apitasse e paralisasse a partida para receber a ajuda do VAR. Logo, não poderia mais ser alterada a decisão do árbitro (segundo regra 5 da FIFA e protocolo 8.12 do VAR). O caso foi julgado, e a vitória do Palmeiras foi mantida.


Foto: Reprodução / Vídeo

Botafogo x Fortaleza
Válido pela 3ª rodada do campeonato brasileiro, o Botafogo terminou o duelo com a vitória por 1 a 0. Aos 39 do primeiro tempo, o Fortaleza chegou com perigo na área do time carioca. Em uma disputa de bola, Wellington Paulista ficou no chão e reclamou de agressão de Gilson na jogada. O árbitro Wagner Reway não viu pênalti no lance revisado. Ceni ficou na bronca com o VAR. 

"Um pênalti claríssimo, eu vi no intervalo, a nosso favor. O árbitro foi, olhou, o VAR... não sei para que existe, se existe para olhar, todo mundo olha e vê. Ele interpretou de forma errada, na minha opinião. Fizemos uma belíssima partida. Uma grande injustiça esse resultado. O empate poderia ser mais justo", desabafou o comandante do time cearense.


Foto: Reprodução / Vídeo

Grêmio x Vasco
No primeiro minuto do segundo tempo, Pikachu abriu o placar no duelo válido pela 10ª rodada. Após uma bela troca de passes, Pikachu entrou na área e marcou, mas o árbitro Rodolfo Toski Marques, depois de ser chamado pelo VAR, revisou a jogada e detectou uma falta de Rossi no início da ação. Ele deu cartão amarelo para o atacante - que cumprirá suspensão na próxima rodada- e anulou o lance.

O Vasco vai tentar impugnar a derrota sofrida para o Grêmio. O departamento jurídico do clube entrou com uma ação nesta segunda-feira (15), no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) apontando erros procedimentais do árbitro na anulação do segundo gol. O Grêmio acabou levando a melhor na partida por 2 a 1.


Foto: Reprodução / Vídeo

São Paulo x Cruzeiro
O empate por 1 a 1 no Pacaembu foi agitado. Isso os dois times reclamaram de pênaltis não marcados na partida. Primeiro, a Raposa ficou na bronca pelo árbitro Braulio da Silva Machado não ter marcado a penalidade em lance que Anderson Martins bloqueou com a mão uma finalização de Lucas Romero de fora da área. Enquanto isso, o Tricolor reclamou de um empurrão de Dedé em Vitor Bueno dentro da área. Apenas o lance do Cruzeiro foi revisado na cabine por Braulio.


Foto: Reprodução / Vídeo

Santos x Internacional
Duelo da 6ª rodada, Santos e Internacional ficarama no empate sem gols. O Peixe reclamou de um lance envolvendo Rodrygo dentro da área. O atacante foi derrubado por Cuesta e o árbitro Rodolpho Toski Marques marcou o pênalti. No entanto, o VAR recomendou a revisão do lance. Após revisão, o juiz não marcou a infração.


Foto: Reprodução / Vídeo