Tom Barros: 'Cebolinha neles'

Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO CONTEÚDO

Goleada como nos velhos tempos. Ao aplicar 5 a 0 no Peru, a Seleção Brasileira fez lembrar os áureos momentos das eliminatórias para a Copa de 1970, quando ganhou da Colômbia por 6 a 2 e da Venezuela por 6 a 0. Agora, trazendo de volta lembranças do Tostão e do Pelé daquela época, um cearense, natural de Maracanaú, Everton Cebolinha, a todos encanta. Como diria o saudoso narrador Fiori Gigliotti, “o moço que veio de Maracanaú para brilhar na Canarinho, torcida brasileira”.

Não raro, costumo dizer que o jogador é que se escala. Há momentos em que, pela produção do atleta nos treinos e nas entradas convincentes quando de substituições, o jogador obriga o técnico a escalá-lo, pois, se não o fizer, correrá o risco de severos protestos da galera. Assim Everton Cebolinha, que está voando e há muito pedindo passagem, acordou o treinador Tite. Este meio lerdo nas observações, demorou a perceber como a Seleção Brasileira ficava mais aguda com o Everton no ataque. Corrigido o lapso, Tite finalmente enxergou. Tirou dos olhos a venda da teimosia. Curvou-se à categoria de Everton. Agora, daqui para frente, Cebolinha neles, Brasil.

Lembrança de 1971

Num jogo entre Ceará e Fortaleza, fase decisiva do certame, o goleiro do Fortaleza, Cícero Capacete, ao bater um tiro de meta, chutou a bola na cabeça do atacante Gildo que, assim sem querer, fez o do Ceará. O goleiro do Peru, Gallese, fez algo semelhante, resultando no gol de Firmino. Amigos, repor bola em jogo requer muita atenção. O gol de Gildo entrou para a história do futebol cearense.
 

Começou
Escrevi na coluna anterior que a Copa América ainda não tinha decolado. Houvera apenas um meio tempo de futebol notável na goleada do Uruguai sobre o Equador. Só o primeiro tempo. Agora, com a boa apresentação do Brasil e goleada sobre o Peru, quero crer que a produção deva melhorar na fase eliminatória que vem aí. Tomara.
 

Saudade
Hoje, já três anos sem o querido e saudoso Ivens Dias Branco. Mas parece que ele permanece vivo entre nós. Inapagáveis da memória a força de seu talento para os negócios, sua elevada postura moral diante da vida e sua profunda humildade diante dos homens. Um ser digno, exemplo para todas as gerações. Missa às 8h, na Fábrica Fortaleza, no Eusébio.


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