Tite critica pontaria do ataque e minimiza vaias da torcida após empate

Brasil controlou a partida, marcou três vezes, mas todos os tentos foram anulados pelo VAR

Legenda: Seleção canarinha pressionou mas saiu da Fonte Nova com o placar zerado
Foto: Foto: Juan Mabromata/AFP

Após um empate sem gols contra a Venezuela e sair de campo debaixo vaias da torcida, o técnico Tite afirmou que faltou efetividade ao ataque da seleção brasileira em campo e que a seleção precisa saber lidar com a pressão por jogar dentro de casa. 

"[Faltou] contundência e efetividade. Traduzir em gol é fundamental. A precisão foi muito abaixo [do esperado]. A gente se precipitou nas finalizações", disse o técnico da seleção, lembrando que, apesar do maior volume de jogo do Brasil, o goleiro venezuelano foi pouco acionado. O treinador brasileiro disse considerar natural a reação da torcida brasileira em Salvador, que vaiou a equipe no segundo tempo e chegou a dar gritos de olé em troca de passes da Venezuela.

"O torcedor nós temos que compreender, ele quer traduzir em gol. O atleta não é insensível, mas temos que trabalhar em cima dessa adversidade", disse Tite, que também não contestou os dois gols brasileiros anulados pelo VAR. "Estava impedido, foi falta. Se eu estivesse do outro lado, eu ia concordar. [Não tenho] absolutamente nada a reclamar".

Ao analisar do desempenho individual dos jogadores, Tite afirmou que Richarlison – que foi substituído no intervalo por Gabriel Jesus– jogou abaixo do esperado e Philippe Coutinho acabou sendo neutralizado pela forte marcação da Venezuela na entrada da área.  Por outro lado, evitou comparar o desempenho de David Neres e de Everton, que entrou no lugar dele no segundo tempo após ter seu apelido "Cebolinha" gritado pelas arquibancadas.

Questionado sobre a falta que Neymar faz à equipe brasileira, o técnico afirmou que a falta do principal jogador na seleção brasileira não pode ser usada como desculpa para o desempenho abaixo do esperado em campo. "É claro que Neymar faz falta em qualquer equipe do mundo. Mas temos condições de sermos mais regulares, ajustarmos os passes, temos um melhor giro e naturalidade nos movimentos', disse. 

Por fim, o treinador disse que o Brasil não deve fugir da responsabilidade de apresentar um futebol bonito dentro de campo: '[Temos que] evoluir o processo criativo e de finalização e não fugir da responsabilidade de que tem que jogar bonito. É nossa característica'.

O Brasil volta a campo no próximo sábado (22) contra a seleção do Peru na Arena Corinthians, em São Paulo.