STJD expõe VAR e mantém resultado de jogo entre Botafogo e Palmeiras

O time carioca pedia a impugnação do jogo, alegando que o VAR foi usado de forma indevida, o que representaria um erro de direito e possibilitaria anular o jogo segundo a regra 5 da FIFA e protocolo 8.12 do VAR.

Legenda: O Palmeiras venceu o Botafogo/RJ em Brasília por 1 a 0
Foto: Foto: Vitor Silva/Botafogo.

Por 9 votos a 0, o Pleno do STJD manteve o resultado da partida entre Palmeiras e Botafogo ocorrida em 25 de maio, com a vitória da equipe alviverde por 1 a 0, válida pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro. O julgamento aconteceu nesta terça-feira (18), em Salvador (BA).

O time carioca pedia a impugnação do jogo, alegando que o VAR foi usado de forma indevida, o que representaria um erro de direito e possibilitaria anular o jogo segundo a regra 5 da FIFA e protocolo 8.12 do VAR.
O pedido do Botafogo foi oficializado em 26 de maio, na noite do dia seguinte ao jogo, sob alegação de que o juiz, antes de ter ido consultar o vídeo, já teria dado autorização para que a partida fosse reiniciada.

O lance sob dúvida envolvia uma queda do atacante Deyverson, do Palmeiras, após disputa com o zagueiro Gabriel, na área do Botafogo. Inicialmente, o árbitro assinalou simulação e puniu o palmeirense com cartão amarelo. Mas, após consulta ao VAR, deu pênalti ao time alviverde, convertido em gol por Gustavo Gómez.

O caso estava previsto inicialmente para ser julgado no dia 13 de junho, mas o relator, Décio Neuhaus, pediu adiamento por conta da demora de anexação do relatório do VAR ao processo.

No julgamento, foram exibidos diversos ângulos, com todas as câmeras disponibilizadas aos árbitros de vídeo e também as de transmissão -foi exposto ainda o áudio da comunicação com o árbitro principal enquanto o vídeo era transmitido.
Além das sustentações das defesas dos dois clubes, o julgamento contou com depoimentos do árbitro principal do jogo, Paulo Roberto Alves Júnior, e do encarregado pelo VAR na ocasião, Adriano Milczvski.

Os auditores foram Arlete Mesquita, Mauro Marcelo de Lima e Silva, João Bosco Luz, Décio Neuhaus, José Perdiz e Antônio Vanderler, além do vice-presidente administrativo Ronaldo Piacente, o vice-presidente Otávio Noronha, sub-procurador Leonardo Andreotti e do presidente Paulo César Salomão Filho. Todos votaram contra a anulação da partida, por parte do Botafogo.