Sem adversários, Infantino é reeleito presidente da Fifa até 2023

Infantino foi secretário-geral da UEFA entre 2009 e 2016

Legenda: O suíço sucedeu Joseph Blatter no comando da federação
Foto: Foto: AFP

Gianni Infantino foi reeleito nesta quarta-feira para a presidência da Fifa até 2023. Os membros das 211 federações que compõem a entidade deram mais um mandato para o dirigente suíço por aclamação, durante o congresso realizado em Paris, já que ele era o único candidato ao cargo. 

Um advogado suíço de 49 anos, Infantino foi eleito pela primeira vez para comandar a Fifa em fevereiro de 2016, após a renúncia de Joseph Blatter. O seu antecessor, também um suíço, deixou o cargo diante de um escândalo de corrupção na entidade. Agora, cumpre seis anos de suspensão por má conduta financeira. 

Antes mesmo de sua reeleição, Infantino declarou nesta quarta-feira que acabou com os escândalos e a corrupção na Fifa, apesar de vários membros do conselho da entidade terem sido alvo de acusações. "Para quem me ama, para quem me odeia, hoje eu quero todo mundo", disse o suíço, que relembrou o cenário da sua primeira eleição ao cargo. 

"Lembrem-se do estado da Fifa naquele congresso", disse Infantino. "Os últimos três anos e quatro meses não foram perfeitos. Certamente eu cometi erros e tentei melhorar e fazer melhor, mas, hoje, em um dia de eleição, ninguém fala sobre crise. Ninguém fala em reconstruir a Fifa do zero. Ninguém fala sobre escândalos. Ninguém fala sobre corrupção".

Em 2016, uma geração de dirigentes das Américas do Norte e do Sul foi afastada do futebol depois que a Justiça da Suíça e dos Estados Unidos investigaram casos de corrupção. Mas na era Infantino, quatro confederações continentais perderam membros eleitos para o Conselho da Fifa por acusações de corrupção e má administração financeira.

O presidente também chegou a ser investigado pelo Comitê de Ética da Fifa pelo uso de aviões particulares. Além disso, alguns investigadores deixaram seus cargos na entidade. 

Mas Infantino disse nesta quarta-feira para as 211 associações que compõem a Fifa que "invertemos a situação" em relação ao período em que Blatter esteve à frente da entidade. "Essa organização passou de tóxica, quase criminosa, para o que deveria ser: uma organização que desenvolve o futebol, uma organização que se importa com o futebol. Nos transformamos em uma nova Fifa, uma organização que é sinônimo de credibilidade, confiança, integridade, igualdade e direitos humanos".
 


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