Presidentes da Fifa e CBF almoçam com Bolsonaro em Brasília

Novo comandante da CBF, Rogério Caboclo tomou posse do cargo nesta terça-feira

Legenda: Presidente da República ao centro e o Presidente da CBF na extrema direita. Bolsonaro participou da premiação ao Palmeiras pelo título nacional, no ano passado
Foto: Foto: Lucas Figueiredo/CBF

O primeiro almoço de Rogério Caboclo como presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) será nesta quarta-feira (10), com o presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto, em Brasília. O convite partiu do próprio governo, segundo a entidade esportiva. "Vamos falar sobre a Copa América, que será no Brasil, a Copa do Mundo sub-17 e outros torneios. Não temos qualquer pedido, só queremos o apoio dos governos. Queremos estabelecer boas relações", disse Caboclo.

Por conta do almoço, o mandatário da CBF chegou atrasado e saiu mais cedo do 70º Congresso da Conmebol, que aconteceu pela manhã, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O evento começou 8h30, mas Caboclo chegou 9h37 e saiu 10h com destino a Brasília. O motivo do atraso foi a tentativa da CBF de adiar por algumas horas o encontro com Bolsonaro, a fim de participar do congresso da Conmebol até o fim. No entanto, não foi possível. 

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, deixou o evento no mesmo horário que Caboclo. A CBF vem tentando aproximação com o governo Bolsonaro há alguns meses. Logo após a eleição do político do PSL, a entidade o convidou para a festa do título brasileiro do Palmeiras, em 3 de dezembro, no Allianz Parque.
Na ocasião, o convite partiu do próprio Caboclo, que dividiu camarote com o presidente da República. Presidente da CBF em exercício na ocasião, Antônio Carlos Nunes e toda a cúpula da CBF, como o secretário-geral Walter Feldman, marcaram presença no local.

Com seus três ex-presidentes envolvidos em denúncias de corrupção -Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero-, a CBF tenta se aproximar do governo para ter apoio em temas de seu interesse, como o Profut, e ainda espera se blindar de uma futura investigação, segundo apurou a Folha de S.Paulo. A CBF ainda não havia conseguido estreitar laços com o novo governo. A confederação perdeu aliados importantes em Brasília na última eleição.
 


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