Prejudicado pela arbitragem, Cruzeiro perde do Boca e se complica

Time mineiro foi derrotado por 2 a 0 e ficou em maus lençóis para o confronto de volta no dia 4 de outubro, no Mineirão

O Cruzeiro foi à Bombonera nesta quarta-feira e complicou muito sua situação nas quartas de final da Libertadores. Dominado em boa parte do confronto pelo Boca Juniors e prejudicado de forma clara pela arbitragem, o time mineiro foi derrotado por 2 a 0 e ficou em maus lençóis para o confronto de volta no dia 4 de outubro, no Mineirão.
 
O time mineiro teve bons momentos apenas nos primeiros minutos do primeiro e do segundo tempo, mas controlava o ataque do Boca na etapa final quando foi atrapalhado por Eber Aquino. O árbitro paraguaio, após interferência do VAR, mostrou cartão vermelho direto para Dedé após dividida casual com o goleiro Andrada e atrapalhou o time mineiro, que levou o segundo gol minutos depois, de Pablo Pérez.
 
Mauro Zárate, principal figura do Boca nos primeiros 45 minutos, já havia inaugurado o placar quando o time da casa era amplamente superior na etapa inicial. Ao Cruzeiro, restaram as reclamações e as atenções novamente voltadas para o Campeonato Brasileiro, pelo qual encara o Santos no domingo, no Mineirão.
 
Apesar da derrota, o Cruzeiro até deu indício de que adotaria uma postura ofensiva no início e criou ótima chance com segundos de jogo, quando Thiago Neves aproveitou cruzamento da esquerda e cabeceou rente à trave. Mas parou por aí. Logo o Boca tomou conta da posse de bola, ganhou o campo de ataque e encurralou a equipe brasileira.
 
Os donos da casa rondavam a área adversária, mas só criaram a primeira boa chance aos 21 minutos. Após cobrança de escanteio ensaiada pela direita, Pavón disparou nas costas da defesa para receber de volta e chegar cruzando. Edílson dividiu com Nández no meio da área e Dedé afastou o perigo.
 
A defesa cruzeirense começava a ceder espaço pelo lado esquerdo, e por ali o Boca abriria o placar. Aos 35 minutos, Zárate aproveitou sobra de cobrança de escanteio, tabelou com Pérez e recebeu sozinho dentro da área. De frente para Fábio, tocou com estilo no canto direito para fazer balançar as arquibancadas da Bombonera.
 
O gol deixou a retaguarda mineira ainda mais afobada, errando passes a cada tentativa de sair para os contra-ataques. O prejuízo no primeiro tempo só não foi maior porque Dedé vivia noite inspirada e freava o ataque adversário.
 
Como na primeira etapa, o Cruzeiro voltou do intervalo disposto a sair da defesa. Desta vez, criou duas oportunidades claras em três minutos. Aos dois, Robinho cruzou da direita e Thiago Neves sozinho, furou de cabeça. Aos três, Rafinha recebeu nas costas da defesa e finalizou na saída de Andrada. A bola passou pelo goleiro, mas Barrios salvou em cima da linha.
 
Assustado com a postura adversária, o Boca mudou, deixou de pressionar a marcação no campo todo e tratou de administrar um pouco mais a posse. Mesmo sem tanto ímpeto, acertou a trave de Fábio aos 12 minutos, em chute de longe de Zárate.
 
O jogo seguiu sem grandes emoções até os 29 minutos, quando o Cruzeiro foi prejudicado. Após cruzamento da direita, Dedé, um dos melhores em campo, subiu para a disputa e acertou a cabeça no queixo de Andrada em lance casual. Enquanto o goleiro recebia atendimento, Eber Aquino foi chamado pelo árbitro de vídeo e, após analisar a imagem, mostrou cartão vermelho direto para o zagueiro.
 
Não demorou para que a ausência de Dedé fizesse a diferença. Ainda atordoada, a defesa do Cruzeiro bateu cabeça aos 36, quando, após cruzamento da direita, Edílson acertou a bola em Henrique na tentativa de afastar. Pablo Pérez pegou a sobra da meia-lua e encheu o pé, sem chances para Fábio.