Mundial de Surfe afunila para definir brasileiros em Tóquio-2020, com cearense na disputa

Pela primeira vez na história, surfe fará parte do quadro olímpico. Brasil tem fortes opções para a categoria, com destaque para a surfista cearense Silvana Lima

Legenda: Gabriel Medina é o nome do Brasil na categoria, que promete nas Olimpíadas
Foto: Foto: WSL

A temporada 2019 da Liga Mundial de Surfe (WSL) começa na noite desta terça-feira (2), e na manhã de quarta (3) na Austrália, novamente com domínio brasileiro entre os participantes da competição masculina. Pelo menos três deles estão entre os principais candidatos ao título. A novidade é que, neste ano, também haverá disputa pelas vagas destinadas ao país na Olimpíada de Tóquio-2020, quando o esporte fará sua estreia nos Jogos Olímpicos.


A principal forma de se classificar para o evento no Japão é se destacar na Liga Mundial de 2019. Garantem vaga os dez primeiros colocados do ranking entre os homens e as oito primeiras mulheres. Como há limite de até dois representantes por país em cada gênero, a tendência é que as vagas para a competição masculina sejam bastante disputadas entre os 11 surfistas brasileiros na elite.


O Brasil repete o número registrado no ano passado e novamente é a nação com o maior número de atletas na competição, superando concorrentes tradicionais como Austrália e Estados Unidos. Os favoritos do país ao título são o bicampeão mundial Gabriel Medina (2014 e 2018), Filipe Toledo e Italo Ferreira, respectivamente terceiro e quarto colocados no ano passado. No entanto, ao menos um deles, ficará fora da disputa olímpica em 2020. Já entre as mulheres, as vagas brasileiras devem ficar com as duas representantes do país na elite: Tatiana Weston-Webb, 22, que vive no Havaí desde os dois anos de idade e somente em 2018 passou a defender o Brasil, e a cearense Silvana Lima, 34, duas vezes vice-campeã mundial.


Há outras formas de se classificar para Tóquio além da Liga Mundial: os Jogos Mundiais de Surfe (organizados pela ISA) e o Pan-Americano de Lima, no meio do ano, também distribuirão vagas. No caso brasileiro, porém, a tendência é que elas sejam preenchidas já pelo primeiro critério de classificação, que é o desempenho na liga.


Gabriel Medina, que chegou a dizer que a Olimpíada não seria uma prioridade, adotou discursou bem mais empolgado com os Jogos desde que conquistou o bicampeonato, em dezembro. "As Olimpíadas vão ser demais. Vai ser uma honra representar o Brasil no Japão. As Olimpíadas vão ter o mesmo peso do circuito mundial", afirmou o surfista de São Sebastião (SP) após triunfar pela segunda vez no Havaí.


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