Estreia como técnico de algoz do Brasil na Copa-2006 dura só 20 jogos

Henry, hoje com 41 anos, assumiu o Monaco no dia 13 de outubro do ano passado

Durou somente 20 partidas, disputadas em um intervalo de 95 dias (pouco mais de três meses), a estreia de Thierry Henry como treinador de futebol. Um dos grandes atacantes da história da seleção francesa -é seu principal artilheiro, com 51 gols-, Henry marcou o gol que eliminou o Brasil da Copa do Mundo de 2006, na Alemanha.
A França ganhou por 1 a 0, nas quartas de final, e o gol saiu na famosa jogada em que o lateral esquerdo Roberto Carlos ficou arrumando o meião.

Henry, hoje com 41 anos, assumiu o Monaco no dia 13 de outubro do ano passado com a missão de tirar o time da zona do rebaixamento. A equipe estava em 18º lugar (20 jogam o Campeonato Francês).

Seu antecessor, o português Leonardo Jardim, que tinha conduzido o clube ao título na temporada 2016/2017, revelando jogadores como Mbappé, Bernardo Silva e Mendy, somara apenas 6 pontos em 9 partidas (uma vitória, três empates e cinco derrotas).

Mesmo sendo um primeiro trabalho, imaginava-se que Henry, gabaritado por ter sido assistente técnico da Bélgica, terceira colocada na Copa de 2018, na Rússia, poderia ser bem-sucedido.
Não foi.

Em 20 jogos com ele (12 pelo Francês, quatro pela Liga dos Campeões da Europa, dois pela Copa da França e dois pela Copa da Liga Francesa), o Monaco ganhou só quatro - três deles por 1 a 0 e um por 2 a 0. Empatou cinco e perdeu 11, sendo quatro deles de goleada.

A derrota na terça (22) por 3 a 1, em casa, para o Metz, da segunda divisão, foi o derradeiro jogo de Henry em sua curta passagem pela prancheta do Monaco. O resultado eliminou o clube da Copa da França.

Além desse revés, ele deixa no currículo também a queda, na fase de grupos, na Liga dos Campeões, registrando um empate e três derrotas.

A permanência na Copa da Liga, o menos importante dos torneios, com uma vitória nos pênaltis sobre o Rennes no início de janeiro, não foi suficiente para que ele angariasse o necessário crédito com a direção.

"É com brande tristeza que me separo do Monaco. Apesar das dificuldades com as quais nos deparamos em minha curta jornada, eu aproveitei meu tempo neste clube maravilhoso", escreveu Henry em rede social.

No Francês, ele deixa o Monaco -clube que defendeu como jogador de 1994 a 1999, antes de brilhar intensamente no Arsenal- em 19º lugar, uma posição abaixo daquela em que o recebeu.
Ganhou dois jogos, empatou três e perdeu sete. O aproveitamento de pontos, de 25%, foi ligeiramente superior ao de Jardim (22%).

O mesmo Jardim que, em uma dessas esquisitices do futebol, reassumiu prontamente o time.
Em sua reestreia, neste sábado (26), como visitante, perdeu de 2 a 0 do Dijon, rival direto na luta contra o descenso.

Com 15 pontos e 16 partidas a disputar, o Monaco só está à frente do Guingamp (14). Caen e Amiens, com um jogo a menos, estão com 18, e o Dijon tem 20. O PSG, do lesionado Neymar e companhia, lidera com 53.


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