De vendedor de peças íntimas a jogador de futebol: conheça a história de Ronda

Atacante do Atlético-CE trabalhava com os padrinhos vendendo peças íntimas femininas antes de se tornar atleta profissional

Legenda: Ronda está desde a temporada passada no Atlético-CE.
Foto: Foto: Kelly Pereira / Atlético-CE

O futebol é o mundo que dá oportunidade a várias pessoas que sonham em se profissionalizar. No entanto, para a grande maioria é preciso ralar bastante antes de ter o objetivo realizado. No meio de tanta histórias parecidas, está a de Ronda. Atacante do Atlético-CE e um dos destaques da Águia da Precabura, o atacante trabalhou por dois anos como vendedor de peças íntimas com seus padrinhos antes de se tornar jogador.

"Antes de entrar no futebol eu tive uma experiência com vendas de peças íntimas para mulheres", contou o atleta. "Fiquei em torno de dois anos (trabalhando como vendedor) quando cheguei em Fortaleza. Meus padrinhos trabalham nesse ramo. Eu vim (à capital) com o intuito de me engajar como profissional de futebol, mas antes disso eu tive que buscar um meio de ter dinheiro para que tivesse recursos para poder chegar ao futebol. Passei por essa experiência. Eles (padrinhos) me ensinaram e eu dei o meu melhor".

Nascido em Tururu, interior do Ceará, ele teve início no Guarani de Juazeiro, em 2015. E foi no Leão do Mercado onde o atleta de 25 anos viveu um dos melhores momentos de sua carreira. Depois também vestiu as camisas do então Uniclinic, atualmente Atlético-CE, Barbalha e Horizonte.

"Tivemos títulos lá (no Guarani de Juazeiro). Quando se trata disso é muito bom. Foi uma fase muito boa da minha vida", recordou. "No Barbalha tive uma passagem boa também, fui campeão da Série B do Cearense. No Atlético estou vivendo uma das melhores fases. Um clube que nos dá uma condição muito boa".

Se destacando com a camisa da Águia da Precabura, o atacante chamou atenção de uma equipe de fora do estado, mas sua preferência foi em se manter em solo cearense.

"Eu já tive a oportunidade de sair, mas, a proposta quando vem, a gente analisa e a que chegou não foi tão interessante para mim e eu preferi ficar no Atlético pela estrutura e condições", disse.

Abreviatura de Rondallys Freitas de Sousa, Ronda conta que seu nome veio devido ao desejo de sua mãe procurar por algo diferente. Seu nome, inclusive, veio através do nome que ela viu em uma revista e decidiu colocar. Com escritas diferentes, mas pronúncias iguais, o cearense comentou sobre o atacante japonês Keisuke Honda que assinou recentemente com o Botafogo.

"Eu sou o Ronda raíz", brincou o atacante do Atlético-CE.