Cielo busca combustível para continuar: 'quero entrar para ser campeão mundial'

Aos 31 anos, nadador se tornou o maior medalhista brasileiro da história

Logo depois de voltar do Mundial de Piscina Curta na China, Cesar Cielo chegou em casa com suas duas novas medalhas de bronze, conseguidas nos revezamentos 4x100m livre e 4x50m medley. Ele mostrou as peças ao filho Thomas, de 3 anos. “Quando a entreguei, ele saiu correndo para pegar uma medalhinha que havia ganhado e me disse que também tinha uma”, contou o atleta, orgulhoso.

Talvez o pequeno Thomas não saiba ainda que o pai se tornou o maior medalhista brasileiro em Mundiais, com 19 pódios. E que vive um dilema na reta final de sua carreira. As conquistas recentes servem de combustível para continuar treinando no Clube Pinheiros, mas ele quer colocar todas as coisas na balança para definir em janeiro se terá outra temporada.

“O determinante é que, se eu entrar de novo para mais um ano, quero entrar para ser campeão mundial. Se eu perceber que estou brigando com a rotina e com a minha cabeça, desligando o despertador, aí é melhor parar, pois não quero ir até não dar mais. Para ser campeão mundial, tem de acordar e ir treinar para melhorar”, diz.

Cielo é considerado o maior nadador brasileiro da história. Foi campeão olímpico nos Jogos de Pequim, é recordista mundial nos 50m e 100m livre e, mesmo não sendo mais o garoto de 2008, aos 31 anos garante que seu corpo está pronto para seguir em frente. “A questão física não é impeditivo. A gente faz as análises biomecânicas, exame de sangue, está tudo pronto para eu fazer o que quiser na piscina. Treino com molecada todo dia como nunca treinei, levanto até mais peso agora”, conta.

Contrato

O contrato de Cielo com o Pinheiros termina no fim deste ano. Claro que se ele decidir continuar, o clube paulista deve renovar. “Se chegar 15 de janeiro e eu sentir que não estou a fim de treinar mais, aí de fato vou pendurar o maiô, a touca e os óculos”, avisa Cielo.


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