Ceni coloca Everson e Felipe Alves como os melhores goleiros do Brasil com os pés

Arqueiros se enfrentam neste domingo (25), na partida entre Santos e Fortaleza

Legenda: No início da temporada, Felipe Alves assumiu a titularidade do Fortaleza
Foto: Foto: Kid Júnior

Em entrevista ao Esporte Espetacular, neste domingo (25), o técnico Rogério Ceni teceu elogios aos goleiros Everson, do Santos, e Felipe Alves, do Fortaleza. Para o novo comandante do Cruzeiro, os arqueiros, que se enfrentam às 16 horas, na Vila Belmiro, são os melhores da posição no trabalho com os pés do futebol brasileiro.

“O Sampaoli tinha o Vanderlei, um ídolo no Santos, e pediu a vinda do Everson pelo diferencial do jogo com os pés, para você ver o quão importante é para os treinadores que constroem jogo, ter um goleiro que trabalha com os pés. Para mim, o melhor de todos aqui no Brasil é o Felipe Alves, que é o goleiro que eu levei para o Fortaleza. O Felipe Alves, com os pés, tem a mesma qualidade de um jogador de linha”, explicou.

No quadro da Rede Globo Casão FC, coordenado pelo comentarista Casagrande, Ceni também foi questionado pelos motivos que o fizeram romper o contrato com o Fortaleza, que se estendia até dezembro de 2019. O ex-goleiro então alegou que a estrutura e o elenco foram determinantes na escolha pelo time mineiro.

“Eu tinha vindo treinar um mês antes com o Fortaleza e tinha conhecido a estrutura da Toca da Raposa. Então, a estrutura, os atletas, que têm condição de sair desta situação, uma semifinal de Copa do Brasil, que é muito difícil, mas não impossível. Vamos tentar reerguer isso”, declarou.

Rogério Ceni assinou com o Cruzeiro até o fim de 2020. Na estreia, com o time sem ganhar há 18 jogos na temporada, venceu o Santos por 2 a 0, pelo Brasileirão. Assumiu o clube na 16ª posição na tabela, com 14 pontos, três menos que o Fortaleza, e disputando a semifinal da Copa do Brasil - onde perdeu o jogo de ida contra o Internacional por 1 a 0.

Confira outros pontos da entrevista

Saída do Fortaleza
“Muito indeciso e muita dor no coração. Por duas ou três noites, eu pensei muito, é um local que eu gosto de trabalhar. Os títulos são muito bacanas e ficam para sempre, principalmente porque foram inéditos. Mas o mais bacana de legado é tudo que a gente pôde construir de estrutura. Ficar seria uma boa escolha e vir também seria, então aceitei o desafio de um time que tem uma estrutura fantástica, olhei os caras do elenco, todos vencedores e campeões, então pensei se eles já ganharam, não esquecem o caminho dos títulos”.

Continuidade do trabalho
“Eu tenho essa opinião: um trabalho, em tese, deve ser concluído. Começar com uma pré-temporada é sempre mais vantajoso e é algo que talvez seja o caminho correto. Eu tenho consciência de que é uma decisão extremamente, mas acho que é um salto grande na carreira com um time com qualidade técnica e pouco tempo de trabalho, o desafio tá aí”.

Salários atrasados do Cruzeiro
“Não me parece ter influência nenhuma nos jogadores, que é principal para mim”. 

Comparação com Renato Gaúcho
“São filosofias de jogo parecidas. Ter posse de bola e tentar ser o mais vertical possível, atacar o máximo possível do adversário. Gosto da bola, de atacar, e sempre ir em busca do próximo gol, quanto mais perto do gol adversário, menos perigo você corre”.