Bia comenta decisão da seleção brasileira contra a Itália: 'O último jogo da vida'

Partida entre as seleções ocorre na terça-feira (18), às 16h, e vale a vaga do Brasil nas oitavas da Copa do Mundo feminina

Legenda: Bia participou do segundo tempo contra a Austrália ao substituir a atacante Cristiane
Foto: Foto: CBF

Depois de perder de virada para a Austrália, complicando a situação na Copa do Mundo Feminina, o Brasil encara a Itália, próxima terça (18), às 16h, como "o último jogo da vida". A afirmação é da atacante Bia Zaneratto, que, depois de uma atuação apagada na vitória contra a Jamaica, na primeira rodada, substituiu a artilheira Cristiane no meio do segundo tempo da partida contra o time da Oceania.

O Brasil precisa vencer para avançar tranquilamente para as oitavas. Um novo revés ou um empate poderiam deixar a equipe dependendo do saldo de gols – além do primeiro e do segundo colocado de cada um dos seis grupos, avançam os quatro melhores terceiros lugares.

As italianas surpreenderam na estreia, derrotando de virada as australianas. Emendaram com um triunfo convincente contra a Jamaica (5 a 0) e já estão garantidas na próxima fase.

"É tudo ou nada agora. A gente não pode se abater, precisa virar a página", declarou Bia, após o treino deste sábado (15) nos arredores de Lille (norte da França). O jogo de terça (18) ocorre a cerca de 50 km dali, em Valenciennes.

Na saída da partida contra a Austrália, veteranas como Marta, 33 (que, voltando de uma lesão na coxa esquerda, só disputou o primeiro tempo), e Cristiane, 34, sugeriram que as mais novas tinham se desestabilizado com a saída do trio mais experiente, que perdeu também a meia Formiga, 41, com dores no pé esquerdo.

Bia questionou essa leitura. "O (primeiro) gol das australianas (nos acréscimos do primeiro tempo) fez com que elas voltassem com outra postura. Vieram com tudo para cima da gente. Não foram as peças que entraram do lado brasileiro que dificultaram o jogo", analisou.

Retrospecto

A última vez que a seleção brasileira não avançou para a fase de mata-mata foi em 1995, na segunda edição do Mundial feminino. Em 2015, no Canadá, as brasileiras caíram nas oitavas, diante das australianas.

Neste sábado (15), só as reservas do embate contra a Austrália treinaram. As exceções foram Marta e a zagueira Mônica. Ainda não há definição quanto à substituta de Formiga, que já tinha sentido o pé esquerdo contra a Jamaica e saiu no domingo (16) com fortes dores. Pendurada por causa de um segundo cartão amarelo em dois jogos, ela de toda forma não entraria em campo na rodada final. Uma ressonância vai determinar a gravidade do quadro.