Após queda de Jardine, São Paulo anuncia Cuca como novo treinador

No lugar de Jardine, que permanecerá no São Paulo, a diretoria anunciou Cuca como novo treinador. Por questões médicas, porém, ele não assumirá a equipe imediatamente. O time será comandado temporariamente por Vagner Mancini, coordenador técnico tricolor.

Com a eliminação do São Paulo na Copa Libertadores, nesta quarta-feira (13), para o Talleres (ARG), o técnico André Jardine foi mais um a entrar para a estatística de treinadores demitidos pela direção tricolor no passado recente.

No lugar de Jardine, que permanecerá no São Paulo, a diretoria anunciou Cuca como novo treinador. Por questões médicas, porém, ele não assumirá a equipe imediatamente. O time será comandado temporariamente por Vagner Mancini, coordenador técnico tricolor. Essa será segunda passagem do Cuca pelo Morumbi. Em 2004, ele comandou a equipe 51 vezes, com aproveitamento de 64%.

Naquela temporada, o São Paulo foi eliminado na semifinal da Libertadores pelo Once Caldas (COL) e o treinador demitido dois meses depois por problemas com a diretoria.
Cuca estava sem clube desde o final do ano passado, quando deixou o Santos para cuidar de sua saúde. Um problema foi detectado depois de o treinador ter tido uma ameaça de infarto no jogo contra o Cruzeiro, em 23 de setembro, pelo Campeonato Brasileiro.

O novo treinador são-paulino comandou o Santos em 26 partidas da última temporada. Foram dez vitórias, oito empates e oito derrotas. Um baixo aproveitamento de 48,72% dos pontos em disputa. Porém, o técnico foi o responsável por tirar a equipe da zona de rebaixamento do Nacional.

Antes de treinar o clube da Baixada Santista, Cuca teve duas passagens pelo Palmeiras. Na primeira delas, em 2016, levou o time alviverde ao fim de um jejum de 22 anos sem conquistar o Brasileiro. Ao término daquela temporada, alegou problemas familiares para não renovar contrato, mas retornou ao clube cinco meses depois, para assumir a vaga do então demitido Eduardo Baptista.

Desde que o clube do Morumbi conquistou seu último título, a Copa Sul-Americana de 2012, nenhum dos quatro grandes da capital paulista demitiu mais técnicos que a equipe tricolor, que irá para sua 11ª troca de comando -sem contar os trabalhos de interinos.
Campeão do torneio continental há seis anos, Ney Franco deu lugar a Paulo Autuori em 2013. Vieram em seguida Muricy Ramalho (2013-2015), Juan Carlos Osorio (2015), Doriva (2015), Edgardo Bauza (2016), Ricardo Gomes (2016), Rogério Ceni (2017), Dorival Júnior (2017-2018), Diego Aguirre (2018) e André Jardine (2018-2019).

Logo atrás do São Paulo na lista de demissões vem o Palmeiras, com dez trocas de treinadores. O Santos, desde o título são-paulino na Sul-Americana, trocou nove vezes de comando. O Corinthians foi o que menos mudou: oito.
Só neste século, o clube do Morumbi teve 23 comandantes. O mais longevo foi Muricy Ramalho, que ficou de 2006 a 2009 e ajudou o São Paulo a conquistar o tricampeonato brasileiro.

Nesse período, porém, quem mais teve treinadores foi o Palmeiras. De 2001 para cá, 27 profissionais assumiram a função no time alviverde, rebaixado duas vezes para a Série B do Brasileiro (2002 e 2012).
Corinthians e Santos estão empatados em número de técnicos no século: 25. O clube do Parque São Jorge caiu para a segunda divisão nacional em 2008.

André Jardine foi dispensado do São Paulo com o pior aproveitamento desde Doriva (33,3%), que passou pelo Morumbi em 2015. Em quinze partidas desde que assumiu a equipe na reta final do Campeonato Brasileiro de 2018, conquistou quatro vitórias, três empates e 8 derrotas: 33,3% de aproveitamento.
Descontando as partidas que fez ainda como interino no Nacional do ano passado, o treinador comandou o time em 12 jogos, com três vitórias, dois empates e sete derrotas -30,5% de aproveitamento.


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