Aos 46 anos, Robert Scheidt se classifica para sua sétima Olimpíada

Scheidt encerrou, nesta terça (9), sua participação no Mundial da Classe Laser, em Sakaiminato, no Japão, na 12ª colocação

Legenda: Robert Scheidt nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.
Foto: Foto: AFP

Robert Scheidt está classificado para mais uma Olimpíada, a sua sétima. Nesta quarta-feira (9), ele encerrou a participação no Mundial da Classe Laser, em Sakaiminato, no Japão, em 12º lugar. Atingiu, assim, o critério para obter o direito de representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio, que era terminar o Mundial entre os 18 primeiros.

O veterano de 46 anos, que só voltou a competir na Laser no fim do ano passado, e inicialmente sem compromisso, ainda pode, em teoria, perder a vaga olímpica. Pelos critérios estabelecidos pela CBVela (Confederação Brasileira de Vela), a vaga muda de dono se outro brasileiro for medalhista no evento-teste olímpico ou no Mundial de Laser de 2020.

É muito improvável, porém, que isso aconteça. Na competição encerrada nesta quarta-feira (10), Bruno Fontes terminou apenas na 25ª colocação, graças a uma vitória na regata final. Basta ver o histórico: este foi o 20º Mundial do catarinense na Laser e os melhores resultados dele foram oitavos lugares.

A vaga olímpica para o Brasil na Laser foi obtida no ano passado, quando João Pedro Oliveira conseguiu um surpreendente 19º lugar no Mundial de Vela, na Dinamarca. Mas, pelos critérios da CBVela, a vaga nunca foi nominal dele e sempre esteve em jogo, a partir de critérios pré-estabelecidos.

Quando Scheidt anunciou sua volta à classe Laser, em fevereiro, tornou-se rapidamente o favorito a ir a Tóquio. E mostrou isso na água. Desde então, foi 12º lugar no Princesa Sofia, na Espanha, e 11º na Semana de Vela de Hyères, na França, dois eventos mais tradicionais do calendário.

No Mundial de Laser, chegou a ser o quinto colocado, mas obteve resultados inconstantes nos últimos três dias, quando as flotilhas foram remanejadas e ele ficou no grupo ouro. Além dele e de Fontes, o Brasil teve João Pedro em 37º lugar e Philipp Grochtmann em 91º.

Scheidt estreou nos Jogos Olímpicos em Atlanta, em 1996, já com o ouro na Laser. Ele ainda faturaria uma prata (2000) e outro ouro (2004) na Laser antes de migrar para a Star, onde ganhou uma prata (2008) e um bronze (2012) com Bruno Prada. Em 2016, com a saída da Star do programa olímpico, ele voltou a velejar de Laser, mas não subiu ao pódio. Terminou em quarto.


Assuntos Relacionados