Análise: Apesar de alternativo, Ceará se comporta bem contra o Palmeiras

Mesmo poupando titulares, Alvinegro surpreende o time da casa com atuação consistente, perde até pênalti com Bergson, mas é derrotado após uma rara chance do Palmeiras. Vovô ainda reclama de impedimento dado pelo VAR

Legenda: O atacante Bergson perdeu um pênalti ainda no 1ºtempo, chutando para a defesa do goleiro palmeirense
Foto: divulgação / Palmeiras

Por pouco o Ceará não aprontou mais uma vez contra o Palmeiras. Se no 1º turno da Série A o Vozão foi o responsável por vencê-lo por 2 a 0 no Castelão e quebrar uma invencibilidade que durava 33 jogos, no jogo do returno fora de casa, na Arena do time paulista, o Ceará mais uma vez foi superior, mas esbarrou nos erros de finalizações, incluindo um pênalti perdido ainda no 1º tempo. Se caprichasse mais, certamente o Vovô não teria deixando o gramado amargando uma injusta derrota por 1 a 0, em um raro lance de ataque do burocrático Palmeiras.

Além das inúmeras chances de gol, através de arremates de Samuel Xavier, Felipe Silva e Leandro Carvalho, e o pênalti desperdiçado por Bergson, o Alvinegro também tem o direito de duvidar da anulação de seu gol, que seria o do empate com Felipe Silva, aos 41 do 2º tempo. Os árbitros do VAR, sempre eles, interpretaram, na origem do lance, um impedimento de Bergson, traçando uma linha para justificá-lo. O lance, milimétrico, marcou um impedimento do jogador do Ceará em lance com o defensor do Palmeiras, Gustavo Gomez.

Assim, o sentimento dos alvinegros pode ser no primeiro momento de injustiça e até revolta, mas a equipe do Ceará fez uma excelente partida, uma das melhores sob o comando do técnico Adílson Batista. O treinador, aliás, surpreendeu na escalação, montando uma equipe competitiva com as poucas peças que tinha. Os desfalques eram muitos, como Luiz Otávio, João Lucas, Lima, William Oliveira e Matheus Gonçalves, com o treinador entrando em campo com Eduardo Brock na zaga, Cristovam improvisado na lateral esquerda, Auremir e Chico no meio campo, poupando Ricardinho e Galhardo.

Superioridade

Desde início de jogo, o Ceará mostrou-se tranquilo em campo, corajoso e organizado, embora com uma formação tão diferente. O Palmeiras, burocrático, saiu na frente cedo, aos 16 minutos com Zé Rafael, mas parou por aí, sentando no resultado, nem parecendo uma equipe que ainda sonha com o título.

Assim, o Vozão, que já marcava bem, foi ganhando corpo, adiantando as linhas e criando chances, primeiro em pênalti perdido por Bergson que Weverton defendeu, depois em cabeçada de Valdo, de frente para o gol.

No 2º tempo, o Ceará continuou anulando as jogadas palmeirenses, e criou as melhores chances, com Weverton defendendo espetacularmente as finalizações de Felipe Silva, Samuel Xavier e Leandro Carvalho. Ainda que o gol anulado aos 41 minutos cause um sentimento ruim, o Ceará sai fortalecido mesmo com a derrota. A equipe vem sendo competitiva com Adílson Batista, um alento para a salvação nas 8 rodadas finais. O Vovô agora pega o Inter, em casa, na quinta (7), às 19h30.

O técnico Adílson Batista surpreendeu, poupando Ricardinho e Thiago Galhardo, mas não perdeu o padrão de jogo, fazendo uma partida bem consistente e por pouco não pontua contra o Palmeiras