O jogo que o mundo quer ver

No duelo tão aguardado no futebol mundial, Brasil e Espanha buscam o título do torneio no mítico Maracanã

O duelo entre Brasil e Espanha, tão esperado por todos os amantes do bom futebol, finalmente acontecerá. E o melhor, em uma decisão: a da Copa das Confederações 2013, às 19 horas, no Maracanã, Rio de Janeiro (RJ).

Motivos não faltam para a expectativa do confronto estar nas alturas. Nos últimos anos, a Espanha se tornou a grande força do futebol internacional. Conquistou as duas últimas Eurocopas e ganhou a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul.

A escalada espanhola aconteceu em um momento de queda do futebol canarinho, que não conseguiu passar das quartas de final nos dois últimos Mundiais. O último feito brasileiro foi justamente em 2009, quando conquistou a Copa das Confederações em uma decisão contra os Estados Unidos. Apesar dessa realidade, os espanhóis sabem que terão problemas pela frente.

"Vamos jogar no Maracanã, com a torcida local e isso nos empolga. Por mais títulos que tenham conquistado, nossos jogadores estão animados por jogar lá, e contra o campeoníssimo Brasil", diz Vicente del Bosque, técnico da Espanha.

Luiz Felipe Scolari, técnico da Seleção Brasileira, também respeita os espanhóis, mas acredita que o fator campo pode fazer a diferença mais uma vez. "Serão 70 mil pessoas no Maracanã, com 69.500 torcendo pela Seleção Brasileira, gritando a cada jogada e cantando o Hino Nacional bem alegres e vibrantes, mostrando que o Brasil joga em casa e é muito forte nessas condições. Claro que respeito a Espanha, que é uma grande seleção, mas podemos ganhar sem sombras de dúvidas", afirma.



Apoio

Os jogadores brasileiros concordam que o apoio da torcida vai ser fundamental, mas entendem que o equilíbrio da partida vai exigir um alto grau de concentração dos jogadores.

"Não podemos pensar em errar, pois contra a Espanha se isso acontece a derrota é quase certa. Temos que nos impor em campo, não permitir que eles toquem a bola como gostam de fazer e controlem as ações. Temos que dominar a partida, colocar o nosso ritmo e escolher o melhor momento para decidirmos o jogo, sem corrermos grandes riscos. Acredito em um grande jogo e espero que a Seleção Brasileira esteja em um grande dia", diz o atacante Fred.

Fúria

Os espanhóis, porém, se mostram prontos para qualquer arma que a Seleção Brasileira venha a usar, até porque ter esse adversário na final não chega a surpreender. O mundo esperava esse duelo.

"Todo o mundo esperava e queria que a final da Copa das Confederações fosse entre Espanha e Brasil. Afinal, as duas seleções mereceram e vai ser muito bonito para todos os jogadores atuar no Maracanã. Somos conscientes que, desde que ganhamos a Eurocopa duas vezes e a Copa do Mundo, para todas as seleções, é especial enfrentar a Espanha. Não duvido que também seja para os brasileiros, mas isso é algo recíproco, porque jogar no Maracanã contra o Brasil também vai ser muito bom", afirma o goleiro e capitão da equipe espanhola, Casillas.

Em termos de escalação as duas equipes não deverão apresentar nenhuma novidade em relação aos times que montaram para as semifinais, salvo algum problema de última hora.

Caso a final deste domingo termine empatada no tempo regulamentar, acontecerá uma prorrogação de 30 minutos. Persistindo a igualdade, o campeão será conhecido no drama das cobranças de pênaltis.

A Seleção Brasileira conquistou por três vezes o título da Copa das Confederações, em 1997, 2005 e 2009. Os espanhóis jamais sentiram o gostinho de uma final nesse torneio, que é o único que falta na galeria desta geração da Fúria.

Final contra europeus é inédita

A Seleção Brasileira busca neste domingo, na final contra a Espanha, o quarto título de sua história na Copa das Confederações. Mesmo assim essa final vai proporcionar uma situação inédita para os canarinhos.

Pela primeira vez o Brasil vai decidir o caneco contra um europeu. Os espanhóis jamais ergueram a taça e sequer a decidiram.

As decisões que terminaram em título, em 1997, 2005 e 2009, foram contra Austrália, Argentina e Estados Unidos, respectivamente. Em 1999, o Brasil caiu para o México e foi vice.

Uruguai e Itália duelam pelo terceiro lugar

Derrotadas nas semifinais, as seleções de Uruguai e Itália voltam a campo neste domingo, às 13 horas, na Arena Fonte Nova, em Salvador (BA), para decidirem o terceiro lugar da Copa das Confederações 2013.

O prêmio de consolação servirá como brinde a duas equipes que lutaram até o último minuto para estarem na final deste domingo, que será disputada entre Brasil e Espanha. Os italianos seguraram os espanhóis nos noventa minutos e na prorrogação, em um empate sem gols de tirar o fôlego. Mas caíram na disputa de pênaltis. Já os uruguaios perderam por 2 a 1 para os brasileiros, com muita luta.

A entrega das duas equipes em campo ao longo da Copa das Confederações torna o jogo deste domingo atraente, mesmo sem valer título. E empenho não vai faltar na visão de Oscar Tabárez, técnico do Uruguai. "Vamos encarar essa disputa de terceiro lugar com a seriedade que ela merece. Fizemos uma campanha de luta e entrega e não queremos deixar a competição com uma derrota", disse o técnico.

Cesare Prandelli, técnico da Itália, pensa de maneira parecida. "Nós não queríamos estar neste jogo e sim no Maracanã, brigando pelo título contra a Seleção Brasileira. Mas infelizmente isso não foi possível. Queremos deixar a competição pela porta da frente, mostrando que a nossa equipe tinha condições de ir bem mais longe. E a melhor maneira de convencer a todos disso é com uma vitória bonita".

Azurra desmontada?

Se o Uruguai deve manter a equipe que vendeu caro a derrota para o Brasil, o mesmo não se pode dizer da Itália.

Pirlo, com cansaço muscular e Barzagli, com dores no calcanhar, já estão fora do jogo e Chiellini, Marchisio e De Rossi, todos com fadiga muscular, podem também desfalcar o time de Prandelli.