Nova chance para ganhar a taça

Tom Barros

Tudo outra vez: o Fortaleza pronto para sagrar-se campeão brasileiro da Série B. A expectativa. O desejo ardente. A coroação de uma campanha. A volta olímpica. O herói ou os heróis. Um Centenário mil. Longa a espera. Mas está aí viva, cristalina, mais uma oportunidade. Longe, bem longe de casa. Nada não. O que importa é o título. Sim, o título que escapou das mãos tricolores, quando faltavam apenas sete minutos para acabar a partida com o CSA. Previsão de jogo duro. Mais que isso: duríssimo. O Avaí é o quarto do G-4. Há dois jogos não vence. Empatou com o Londrina em pleno Estádio Ressacada (Londrina que, no quinto lugar, segue fuçando-lhe o cangote) e empatou com o Atlético em Goiânia no Estádio Antônio Accioly. Quanto ao Leão, verdade que não vem fazendo boas apresentações. Houve o desgaste citado por Rogério Ceni, fato que não permitiu a sustentação do ritmo no segundo tempo diante do CSA, justo quando sofreu o empate. Taí a missão. Quero crer que o Fortaleza saberá aproveitar mais esta chance de ser campeão. Não se deixa para amanhã o que pode ser realizado hoje. Chegou a hora de trazer a taça.

Contra os grandes

Está provado que, quando enfrenta os chamados gigantes do futebol brasileiro, o Ceará atua melhor. Define bem a postura tática e disso tira o melhor proveito. A única vez em que tal situação não aconteceu foi diante do Flamengo no Castelão. Ali o time não jogou nada e tomou uma doidinha (0 x 3). Depois disso, engrossou o pescoço com todos os grandes.

Times médios

Com relação aos times médios, o Ceará não tem feito boas apresentações. Cito casos específicos: a derrota para o Bahia aqui mesmo em Fortaleza e a derrota para o Sport em Recife. Nesses dois jogos nem de longe o Ceará lembrou a aplicação tática que o levou a vitórias sobre o Flamengo no Maracanã, Cruzeiro no Mineirão, Atlético-MG no Castelão, Corinthians também no Castelão.

Conclusão

Se confirmada a tendência de jogar bem contra os times grandes, certamente o Ceará fará uma boa partida amanhã. Aliás, em Porto Alegre foi difícil a vitória do Inter. Ganhou apenas por 1 a 0, gol de Pottker.

PÍLULAS

De volta

O Calouros do Ar luta pela retomada. Teve seus momentos de glória, quando campeão cearense profissional em 1955, Na década de 1960, encarava os grandes, máxime o Ceará. Ficou na história um tabu que manteve diante do Vozão. Depois começou a queda até o afastamento. Hoje voltou. Faz bom trabalho na Série C cearense.

Dificuldades

O dirigente do Calouros do Ar, Raul Gifoni, está otimista. O time classificou-se em segundo lugar no Grupo A e vai disputar a segunda fase da Série C cearense. Mas ruim é a situação financeira. Gifoni pede o apoio de antigos "calourianos" e de admiradores, visando a viabilizar receita capaz de manter o clube em ação. Fica o apelo.