No Ceará, Zanetti promete Olimpíada de 2020 surpreendente

Ginasta brasileiro visitou projeto social com crianças que praticam ginástica artística e fez um balanço da Seleção Brasileira até agora. Para ele, a classificação para o Mundial de 2019 já vai marcar pelas mudanças positivas

Nascido no ABC paulista, Arthur Zanetti é um atleta brasileiro de ginástica artística que já gravou seu nome na história. Aos 28 anos, ele foi o primeiro do País a ganhar uma medalha olímpica na sua modalidade, sendo ouro nas argolas na Olimpíada de 2012, disputada em Londres, e também o primeiro a ser campeão mundial. Em 2013, na Bélgica, Zanetti recebeu a pontuação de 15.800 e conquistou o primeiro lugar nas argolas.

Com uma ruptura de grau dois no bíceps do braço direito, o atleta foi forçado a parar os treinos para o Mundial de Doha por quase um mês e ter que lutar contra o tempo para que pudesse recuperar o ritmo para a competição.

"Esse ano foi totalmente atípico pra mim, bem complicado. O Mundial começou um pouquinho mais tarde, em outubro, e juntou com o começo de novembro. São duas semanas a mais de treino. Pode não parecer nada, mas pro alto rendimento e para um mundial é muita coisa", disse o ginasta, que esteve no Ceará, visitando projeto social que usa a ginástica artística.

Dono da "tríplice coroa" - ouro olímpico, mundial e pan-americano -, Arthur foi prata na Olimpíada do Rio, em 2016, diante de sua família, amigos e da torcida brasileira. Com a volta ao pódio nas argolas, neste ano, o brasileiro classifica suas metas de 2018 como "concluídas". Em segundo lugar com 15.100 pontos, Zanetti levou o Brasil ao 7º lugar na final por equipes, classificando a seleção para o Mundial de 2019, na Alemanha.

Nos jogos Sul-Americanos de Cochabamba, na Bolívia, foi ouro nos três aparelhos: salto, por equipe e argola.

"O período de preparação começou com o término da Rio 2016. Até me perguntam se eu vou mudar (o treino), eu garanto que vai mudar, mas vai ter o momento certo. Porque se a gente mostrar a rotina de treinos agora os nossos adversários podem observar e mudar sua rotina. O objetivo é classificar para as Olimpíadas, que vai ser no Mundial do ano que vem. E nas Olimpíadas, a história vai ser outra. A gente vai focar principalmente nas argolas e vamos surpreender o mundo".

Seleção Brasileira

As lesões dos atletas do grupo masculino preocupam. Além de Zanetti, o ginasta Arthur Nory também precisou passar um período sem treinar. Bronze nos Jogos do Rio, em 2016, ele precisou passar por uma cirurgia no ombro direito e iniciou 2018 se recuperação.

"Foi um ano bem conturbado para a seleção masculina com as lesões, atletas fazendo cirurgia. Acredito que ano que vem a equipe brasileira pode vir melhor do que nesse", finalizou Zanetti.

Zanetti esteve no Ceará e comentou sobre o momento da ginástica artística brasileira. O atleta garante que o mundo do esporte se surpreenderá com ele e seus companheiros de Seleção


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