Mudanças na Seleção feminina ficam para depois de Tóquio 2020

Sem definição sobre quem vai comandar equipe, Seleção deve ter debandada de jogadoras. Marta promete ficar, mas Cristiane e Formiga não devem voltar

Legenda: Cristiane é uma das que pode não jogar a próxima Copa do Mundo
Foto: Assessoria/CBF

A eliminação da Seleção Brasileira da Copa do Mundo feminina, na França, no último domingo (23), pode ter marcado a despedida de algumas jogadoras dos Mundiais. Mas a troca de guarda, quando atletas na faixa dos 20 anos assumirão o comando, só deve se concretizar após a Olimpíada de Tóquio, em 2020.

A zagueira Mônica, de 32 anos, e a goleira Bárbara, de 30, disseram que dificilmente voltariam a disputar o torneio. A primeira apontou a idade como fator determinante para um possível adeus. Bárbara quer terminar a faculdade de Enfermagem e tentar carreira na área.

Antes da competição, a centroavante Cristiane, de 34 anos, já se referia à disputa na França como a sua última - era o seu 5º Mundial. Recuperada de uma sequência de lesões, ela foi um dos destaques da campanha brasileira, com quatro gols. No jogo decisivo, contra as anfitriãs, sentiu a coxa no começo da prorrogação e só conseguiu sair de campo com a ajuda de dois membros da comissão técnica.

Marta, aos 33 anos, sofreu uma lesão na coxa esquerda nos treinos em Portugal e só contra a França disputou seu 1º jogo inteiro no torneio - na estreia, diante da Jamaica, sequer pisou no gramado. Mas ela ainda não pensa em encerrar a passagem pelo time nacional. "Dani Alves tem 36 e está na Seleção".

Peça-chave no tripé de âncoras, a volante Formiga, de 41 anos, disputou na França sua 7ª Copa - era a mais experiente de todo o campeonato.

Vadão argumentou que a renovação começou há cinco anos, na sua passagem anterior. "Puxei Camilinha, Andressinha, Letícia... Mas é claro que, enquanto você tem atleta de ponta para jogar, ela tem que jogar".

A CBF ainda não definiu se Vadão e sua comissão técnica ficam após o Mundial.