Larissa dos Santos sonha em representar o Ceará em Tóquio 2020

Surfista cearense vem de um ano proveitoso, com boas atuações e conquistas relevantes, e agora vai buscar a pontuação necessária para conseguir a qualificação para os Jogos Olímpicos

Uma trajetória vitoriosa e o sonho de disputar a próxima edição dos Jogos Olímpicos. Esse é o perfil da jovem surfista cearense Larissa dos Santos, de 20 anos, que recentemente se sagrou campeã brasileira na sua categoria e quer voos mais altos.

Larissa começou cedo no surfe, por influência do pai (Antônio Flávio), que também é adepto ao esporte. A menina da comunidade do Titanzinho caiu na água cedo, logo aos 8 anos. Foi quando descobriu a paixão pelo surfe e mais tarde se tornou profissional. "Meu pai sempre gostou de surfe e praticou. Daí, eu comecei cedo e me identifiquei muito. Levei a sério o esporte e continuo colhendo frutos. Tenho muito a agradecer a ele (pai) pelo que sei, pelo apoio, e sei que vou longe", disse.

Larissa dos Santos teve um ano de 2018 bastante proveitoso como surfista profissional, com a conquista do título brasileiro. Agora, a cearense espera conquistar a qualificação necessária para estar num patamar ainda mais alto, que é representar o País na Olimpíada de Tóquio, em 2020. "Eu trabalho pra isso e sonho com isso todos os dias. Acho que sem esforço a gente não consegue nada, e eu acredito que vou chegar lá. O Brasil tem bons nomes no surfe, é um dos países cotados para ganhar medalha e vou batalhar para estar nesse time", frisou Larissa.

Legenda: Larissa dos Santos é destaque no surfe brasileiro e luta pela Olimpíada de Tóquio 2020
Foto: Helene Santos

'Pai coruja'

Além dos patrocinadores, o apoio do pai é um dos pontos mais importantes para o sucesso. Antônio Flávio é um daqueles assíduos pelo esporte e viu cedo que ela poderia ir longe como surfista. "Eu fui notando que a Larissa tinha potencial para disputar grandes competições e estar entre as melhores atletas. Tanto que foi preciso eu deixar o emprego para acompanhá-la", disse. A rotina da surfista para ir bem nas competições, além de conciliar os estudos, não é fácil, segundo o pai. "Eu sempre digo a ela que o sacrifício vale a pena e que mais difícil que chegar ao topo é se manter. Temos o exemplo do Gabriel Medina, que depois do 1º título mundial não foi bem e depois se recuperou".

Se 2018 já foi maravilhoso, no ponto de vista da atleta, a atual temporada promete ser desafiadora, com várias competições em âmbito internacional. "Eu nasci e cresci aqui no mar do Titanzinho e espero ter sucesso, a exemplo da Silvana Lima", disse, mirando-se na sua atleta inspiradora.


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