Irmãos siameses: Cavani e Suárez formam o ataque eficiente e decisivo do Uruguai

Dupla é uma das mais entrosadas do futebol mundial e será a arma dos Uruguaios para o duelo decisivo contra o Peru, que está abaixo tecnicamente, mas tem em Guerrero a figura que pode decidir para a equipe alvirrubra

Legenda: Uruguai tem Cavani e Suárez como dupla que decide para a seleção
Foto: Mauro Pimentel/AFP

A qualidade da dupla de ataque do Uruguai, Cavani e Suárez, não é novidade para ninguém que acompanha futebol. Mas existem curiosidades interessantes entre esses dois, que vão além das quatro linhas. "Edi" e "Luisito" têm uma diferença de idade de menos de 1 mês. O mais velho, Suárez, nasceu em 24 de janeiro de 1987, enquanto Cavani chegou ao mundo em 14 de fevereiro do mesmo ano. E ainda tem mais, são da mesma localidade. A pequena cidade de Salto, com cerca de 105 mil habitantes, que faz fronteira com a Argentina.

Apesar de não terem se conhecido na infância, não serem amigos desde o berço, por tomarem rumos diferentes, são companheiros de seleção desde 2007, no Mundial Sub-20, e se conhecem muito bem. Essa parceria mostra resultados reais dentro das quatro linhas. Além das conquistas coletivas de Copa América em 2011 e um quarto lugar na Copa do Mundo em 2010, os números dos atacantes pela Celeste são assustadores.

Quando estiveram em campo lado a lado no ataque do time de Óscar Tabárez, em 77 jogos, já anotaram 71 gols. Disputam de forma sadia a artilharia histórica do Uruguai.

Cavani tem 113 jogos pela seleção e mandou 48 bolas para a rede, enquanto o maior artilheiro do Uruguai, Luisito Suárez, entrou em campo 110 vezes e marcou 58 gols. Só esses números da dupla já seriam suficientes para alertar qualquer equipe do mundo, mas nem só dos dois vive o time Celeste.

Tabárez forjou uma identidade forte de seus comandados, montando um time sólido em todos os setores do gramado, claro, sempre com a característica típica uruguaia, que é a "garra", a raça imposta dentro de campo, do primeiro ao último minuto.

A dupla em 2019

Nesta Copa América, começou com tudo, mas teve uma queda de rendimento contra o Japão na 2ª rodada. No último jogo da 1ª fase, mesmo sem muito brilhantismo, conseguiu vencer o Chile e se classificar em 1º lugar do grupo.

Contra o Peru, Tabárez vai manter Arrascaeta no time titular e Nandez entra na vaga de Lodeiro, deixando o craque do Flamengo como único armador da equipe, dando mais consistência ao meio campo. Com Laxalt ainda sem condições de jogo, Cáceres fará a lateral esquerda, com o jovem González, de 20 anos, na direita. Nada que modifique a espinha do time, que é muito favorito contra um frágil Peru.

A Seleção Peruana vem de um bom crescimento de rendimento e resultados, desde que Ricardo Gareca assumiu o comando da equipe em 2015, levando, inclusive, o Peru à Copa do Mundo de 2018.

Mas Guerrero é o único ponto fora da curva no time, como jogador extraclasse, de nível a se comparar com os grandes do futebol mundial. Cueva não consegue reproduzir suas grandes atuações de outrora, e o desfalque do veterano Farfán, lesionado, deixa o time ainda mais fragilizado.

Que vença o melhor dentro dos 90 minutos, ou até nos pênaltis, quem sabe. Uma final entre Brasil e Uruguai, os maiores campeões contra os donos da casa, não seria nada mal. A Copa América merece.