Galeria dos craques imortais

Tom Barros

Nesta minha vida de mais de cinquenta anos de batente vi anjos e demônios pelos campos de futebol. Alguns já foram para as glórias do Pai, outros para onde há choro e ranger de dentes. Alguns eu vi ao vivo, outros apenas por filmes antigos. Ao vivo, em carne e osso, vi Garrincha, anjo de pernas tortas. Apenas por vídeo vi Cruijff, anjo de pernas retas. Se parasse aqui, já teria homenageado dois dos maiores gênios do futebol mundial: Cruijff, o holandês da Laranja Mecânica, que perdeu a Copa do Mundo para a Alemanha em 1974, mas terminou mais coroado que os vencedores; Garrincha, vencedor de duas Copas, mas perdedor nas batalhas da vida contra o álcool. Craque não deveria morrer. O saudoso jornalista Carvalho Nogueira, referindo-se a Orlando Silva, o Cantor das Multidões, disse que Orlando não deveria morrer para que todas as gerações tivessem a oportunidade de ouvir sua maviosa voz. Assim, digo eu: craques como Garrincha e Cruijff também não deveriam morrer. Quem não viu Garrincha jogar deixou de ver uma luz divinal a iluminar os gramados do mundo. Ele e Cruijff são saudade na galeria dos craques imortais.

Mais e mais

Neste Dia de Finados, a lembrança imorredoura de atletas que encheram de alegria os corações dos torcedores. Aí busco no tempo Gildo, o maior ídolo da torcida alvinegra, e Alexandre Nepomuceno, o Grande Capitão do Ceará. Croinha, o maior artilheiro da história do Fortaleza. Fecho a lembrança com Mozartzinho, o melhor jogador cearense que vi em ação em todos os tempo.

Gente do rádio

Aqui na terrinha, saudade dos narradores Ivan Lima e Jaime Rodrigues, duas vozes inesquecíveis. Carlos Fred e Bonifácio de Almeida. Comentaristas Paulino Rocha e José Santana. Comentarista Afrânio Peixoto, líder na década de 1950. A perda mais recente: narrador Luís Carlos Amaral. Pena não haver espaço para citar todos os companheiros que não mais estão entre nós.

Repórteres e plantonistas

Zé Augusto também chamado de Super-Zé, Ricardo Araújo e Paulo César Carioca. Plantonistas Alfredo Sampaio (Enciclopédia do rádio cearense) e Mauro César Uchoa. Nestes companheiros nosso preito a todos os demais que já partiram.

Impressionante

Dos quatro classificados para as semifinais da Taça Fares Lopes, Caucaia fez apenas a terceira melhor campanha, atrás do Ferroviário e do Iguatu. Resultado: eliminou Iguatu e, com a vitória no jogo de ida sobre o Ferroviário, agora vai com todas as vantagens para a final da competição.

Decepção

Os argentinos fizeram a festa dentro do território brasileiro. O Grêmio ficou para trás. O Palmeiras ficou para trás. Indiscutível a superioridade de River Plate e Boca Juniors na hora da definição. Souberam se impor, pouco importando se na Arena Grêmio ou no Allianz Parque. Restou a frustração.


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