Fortaleza vê número de lesões musculares aumentar em 2019

Com jogos pelo menos duas vezes na semana e elenco reduzido, Leão sofre com o desgaste físico dos jogadores e projeta enfrentar o problema por meio do revezamento de atletas no Estadual e na Copa do Nordeste

O ano de 2018 reservou para o Fortaleza duas competições importantes nos objetivos do clube: o Campeonato Cearense e a Série B do Brasileiro. Chegou à final do Estadual, não foi campeão, mas levantou a taça da Série B. Como jogou menos durante o ano, acumulou poucas lesões musculares.

Em 2019, pelo fato de estar com o calendário cheio durante este primeiro semestre, os casos de lesões musculares no elenco quase dobraram. Em 2018, no mesmo período, foram sete lesões e agora o número atingiu 11.

Sempre com atletas no limite para sentirem lesões, o técnico Rogério Ceni tem feito um rodízio entre eles, o que, em algumas partidas, compromete o rendimento do time, mas ele garante que é o efeito da maratona de jogos. Pelo menos duas vezes por semana, entre Estadual e Copa do Nordeste.

Visto pelo lado positivo, essas lesões e contusões surgiram como o ônus do sucesso da equipe, pois, no ano passado, o time não disputava a Copa do Nordeste como agora. Vale lembrar que o Leão ainda aguarda a sua entrada na Copa do Brasil de 2019.

Como foi campeão da Série B de 2018, ele só iniciará a disputa nas oitavas de final, junto com os clubes que estão na Taça Libertadores da América. Com o começo de mais um torneio, o risco de novos jogadores comparecerem ao departamento médico irá aumentar.

Partidas

Neste ano, o Fortaleza já realizou 16 partidas, sendo 8 pelo Campeonato Cearense e 8 pela Copa do Nordeste. As exigências às condições físicas do elenco foram aumentando desde o início do ano.

Só pela Copa do Nordeste, o Leão realizou dois jogos em janeiro contra Náutico e CSA; dois em fevereiro frente a Botafogo/PB e Bahia e quatro em março, quando enfrentou Confiança, Ceará, Moto Club e ABC de Natal, o último, o qual venceu por 1 a 0 na Arena Castelão. Com o resultado, o Tricolor se classificou em primeiro lugar no Grupo A e enfrenta o Vitória na segunda fase.

Lesionados

Ao longo dos 16 jogos, o técnico Rogério Ceni procurou rodar o elenco para evitar os efeitos do desgaste, mas não conseguiu de todo. No jogo passado, contra o ABC, os volantes Paulo Roberto e Derley saíram de campo com suspeita de contratura muscular.

Já estavam no departamento médico o zagueiro Natan Ribeiro, o volante Felipe e o atacante Matheus Alessandro, todos com lesão na coxa. Isso sem falar no goleiro Matheus Inácio e o lateral-direito Diego, que passaram por cirurgia no ano passado.

O treinador disse que o clube ainda está à procura de dois ou três reforços para ter mais opções e de qualidade. "A exigência física é muito grande. Quando o atleta faz duas partidas na semana o rendimento tende a cair, por isso estamos rodando o elenco", revelou.

E ele acrescentou: "A gente vem tendo mais lesões do que no ano passado, porque jogávamos apenas o Cearense e o Brasileiro. Agora, com mais competições intercaladas, aumenta o risco de se perder jogadores", completou.

Técnico do Fortaleza, Rogério Ceni, diz que um grande desafio da temporada de 2019 é algo inerente ao crescimento do clube, que tem mais competições a disputar e mais atletas a correr risco de lesão.