Fortaleza prioriza contratos mais longos para temporada de 2019

Clube utiliza essa modalidade desde o ano passado, quando buscou segurar destaques que despontaram com o acesso à Série A do Brasileiro

Há bem pouco tempo no futebol cearense eram comuns contratos de risco com os atletas - com o mínimo de três meses - ao fim dos quais, se o jogador não aprovasse, seria mandado embora, sem maiores embaraços de rescisão.

Os atletas que mais se destacavam teriam no máximo um ano de contrato e era comum saírem do clube ao fim do primeiro ano de vínculo.

A administração do presidente do Leão, Marcelo Paz, tem adotado uma sistemática diferente, de tal modo que desde o ano de 2018, alguns atletas tiveram seus contratos estendidos, em razão de suas boas performances em campo. Assim foi com o goleiro Marcelo Boeck, por exemplo, que teve o privilégio de ficar em evidência por dois anos.

Em 2017, foi um dos grandes protagonistas do acesso à Série B do Campeonato Brasileiro, com defesas milagrosas que o consagraram junto à torcida tricolor.

Perfil

O seu perfil de liderança no grupo e de bom relacionamento com os dirigentes permitiu que a diretoria o visse como um atleta diferenciado do elenco e, como tal, merecedor de um contrato mais longo. O clube seguiu a velha máxima de que "um grande time começa com um grande goleiro". Dentro dessa linha de raciocínio, o clube fez contrato de dois anos com vários jogadores. O Tricolor do Pici firmou um vínculo de dois anos com os seguintes jogadores: Marcelo Boeck, Max Walef, ambos goleiros; Juan Quintero, zagueiro; Carlinhos, lateral-esquerdo; Bruno Melo, lateral-esquerdo; Felipe, volante; Gabriel Dias, volante e lateral; Romarinho e Júnior Santos, atacantes.

Está dentro do planejamento do clube segurar um pouco mais jogadores jovens, os quais passam a interessar a outros clubes e como tal, o Leão busca se resguardar para evitar surpresas.

"Essa opção se faz porque se vislumbra um retorno esportivo com garantias de não perder o jogador de graça, ao término de uma boa temporada", justificou o presidente do Leão, Marcelo Paz.

O dirigente foi questionado pela reportagem se não seria um risco, pois o atleta pode cair de rendimento e ficar com um contrato mais longo, ao que respondeu: "Tudo na vida tem um risco. Eu prefiro correr o risco do sucesso", comentou o dirigente.

Nesta sexta-feira, é bem provável que o clube anuncie mais uma contratação, a de um camisa 10 e, possivelmente, também por dois anos.

Fortaleza busca maior segurança nos investimentos em reforços, firmando contrato de dois anos com jogadores promissores, fato que ocorre desde o ano passado

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