Fortaleza encara Bahia com expectativa de lotação máxima no Castelão

Partida pode contar com o maior público possível na última partida deste ano pela Série A do Campeonato Brasileiro. O confronto está marcado para as 16 horas - o mesmo horário de toda a 38ª rodada da competição

Legenda: Romarinho é destaque no ataque tricolor
Foto: Camila Lima

São 12 meses, dois títulos, a permanência na Série A do Campeonato Brasileiro de 2020, uma classificação para a Copa Sul-Americana, o 3º maior público do Brasil - o 4º da competição -, o Top 10 em número de sócios-torcedores e o melhor marketing do País. O ilustrado é um breve resumo do que significou a campanha do Fortaleza. E o capítulo derradeiro ocorre neste domingo (8), às 16 horas, na Arena Castelão.

E se a torcida tricolor cobrou motivos para comemorar em outros tempos, hoje deve inflamar as arquibancadas em paixão e reconhecimento. Não é excesso, apenas fato: o maior ano da história do Leão foi 2019, justamente fruto do principal presidente dos 101 anos de fundação, Marcelo Paz, e de Rogério Ceni, considerado o técnico mais vitorioso da história do clube.

“A gente achava que 2018 tinha sido fantástico com a conquista do título da Série B. Eu achei que não fosse possível superar. Mas acho que 2019 fica marcado. Em conversas com pessoas que conhecem muito mais o Fortaleza, todos falam que é o ano mais especial da história do clube. E eu acho que sim. Porque essa alegria que a gente vê do torcedor, acho que valeu muito. Foi um ano cansativo, pesado, mas que foi retribuído com tudo que a gente alcançou”, afirmou Rogério Ceni, em entrevista exclusiva ao Sistema Verdes Mares (SVM), sobre o ano do Tricolor do Pici, comparando a atual temporada com a do ano de 2018.

Grande público

A expectativa é que o principal reduto do futebol cearense esteja completamente lotado, quiçá a capacidade dos 52.225 espectadores a qual o Gigante da Boa Vista suporta. Assim, a partida se torna de muito interesse pelo ranking das massas, da qual o Leão do Pici tem chance de ficar em 2º, atrás somente do Flamengo.

A marca será alcançada se o Tricolor conseguir um público superior a 15 mil comparado ao do Corinthians, atual vice-líder no quesito e que enfrenta o Fluminense, em Itaquera. Outra conquista simbólica é a de melhor nordestino na 1ª divisão, o que será obtido até com empate diante do Bahia.

Pendências tricolores

A priori, apenas conquistas sem troféus, todavia, ilustram uma temporada que já é sem precedentes. Até serem obtidas, nos últimos 90 minutos, o técnico Rogério Ceni precisará resolver determinadas pendências no plantel leonino.

A começar pela defesa, que tem o desfalque do zagueiro Paulão, suspenso devido ao cartão vermelho recebido na 37ª rodada diante do Fluminense. Como reposição, a peça principal é Jackson, que está em fase final de transição. Caso não se recupere, o lateral-esquerdo Bruno Melo será improvisado no setor.
Para o meio-campo, a baixa é o volante Juninho, que pertence ao Bahia, apesar de ter um pré-contrato com o Fortaleza para 2020. Sem poder atuar por cláusula contratual, cede vaga para Araruna - Nenê Bonilha também é opção para a posição.

Juninho, inclusive, como não vai jogar nesta última partida do ano no Fortaleza, aproveitou para se despedir nas redes sociais. “Gratidão, meu Deus, por ter jogado o campeonato inteiro, por abençoar/capacitar a mim e aos meus companheiros de trabalho a fazermos bons jogos, conseguindo além do que esperávamos no começo”, postou o volante leonino em sua rede social.

Já no ataque, Osvaldo, que deixou o campo com dores musculares na partida contra o Fluminense, deve ser poupado. O substituto é André Luís, que formará o quarteto ofensivo ao lado de Wellington Paulista, Edinho e Romarinho.

Reabilitação

O Bahia atravessa o seu pior momento sob o comando de Roger Machado. Das últimas 10 partidas, venceu apenas uma, o que encerrou as chances de ir para Taça Libertadores de 2020, em sua fase preliminar. Na 11ª posição, com 49 pontos, é o rival direto do Fortaleza na competição interna da região - Ceará e CSA não podem alcançar a dupla tricolor.

Querendo o pódio e também uma melhor premiação, que é obtida de acordo com a posição final no Brasileirão, o time baiano vem a campo com força máxima. A única baixa é o atacante Arthur Caíque por suspensão.

O centroavante Gilberto também reserva motivação extra para o duelo. O atleta soma 14 gols e briga para se manter em 3º, entre os principais artilheiros do Brasileirão.
Mesmo com a queda de rendimento da equipe, quando tinha chances de brigar por vaga na Libertadores, o volante Gregore, que estará em campo hoje, avalia que a temporada foi positiva para o grupo do Bahia.

“Fizemos um primeiro turno (da Série A) muito bom e acabamos oscilando um pouco no segundo. Mas, no geral, foi um ano muito bom do clube. Acredito que temos algumas coisas para melhorar, porém foi um ano de muito aprendizado, e isso é muito bom para nosso elenco. Não acho que faltou algo, mas deixamos de conquistar pontos importantes em alguns jogos, e isso foi crucial”, avaliou.