Finalistas em 2015 e 2016, Argentina e Chile farão jogo pouco atrativo

Chile e Argentina se enfrentam valendo o 3º lugar da Copa América. Uma partida que, para muitos, não vale nada e nem deveria existir. Mas para as duas seleções vale como prêmio de consolação por não terem chegado à final

Legenda: Chile, atual bicampeão da Copa América, disputará o 3º lugar com a Argentina
Foto: Miguel Schincariol/AFP

Tratando-se da grandeza entre as seleções que estarão em campo, Chile e Argentina poderiam certamente fazer a final da Copa América, assim como nas duas últimas edições.

Os atuais bicampeões chilenos vão ter que jogar simplesmente pelo orgulho de terminar bem a competição, como disse o seu treinador Reinaldo Rueda: "É um jogo importante por tudo, pela dignidade, orgulho, por ser um torneio que gera expectativa importante".

O jogador que talvez não esteja à disposição do treinador, é significativo. Arturo Vidal, Camisa 8, símbolo dessa geração vitoriosa do Chile. E mesmo que próprio Vidal tenha dado entrevista dizendo que entrarão em campo para cumprir tabela, que não há muita vontade de jogar esse jogo, sabemos que não é bem assim quando se defende a pátria.

Eu confesso que concordo com Vidal sobre como é maçante jogar uma partida que, em tese, o prêmio é uma espécie de consolação. Quando o jogo tem um "azarão", podemos até relevar que para aquele time seria uma grande conquista, como a Turquia na Copa de 2002, edição na qual o Brasil foi pentacampeão, na Coreia do Sul e no Japão.

Pelo lado albiceleste, creio que o jogo vale realmente como apenas um cumprimento de tabela para se terminar mais uma campanha frustrante, com, pelo menos, uma certa hombridade.

Entraram carregando um peso de 26 anos sem nenhuma conquista oficial, e Messi sempre muito cobrado pela ausência do mesmo futebol que desempenha no Barcelona. O jogador que divide a artilharia do torneio com os chilenos e mais outros 10 jogadores é Lautaro Martínez, que não estará em campo por suspensão automática.

É um confronto em que é difícil apontar favorito. Chegam em pé de igualdade.