As avenidas, ruas e praças inundadas de faixas, bandeiras e camisas do Fortaleza. O trajeto da vitória, que teve início no "Aeroporto Velho", seguiu para o aterro da Praia de Iracema. Foram variadas manifestações, revelando o contentamento incontido da torcida. Notáveis reviravoltas fazem parte do destino e da alma tricolor. Está no DNA do clube. O ano 2018 não poderia terminar mais feliz para o time do Pici. Um segundo semestre perfeito. Mais perfeito ainda se, na próxima quinta-feira, quando o Fortaleza enfrentará o Juventude no Castelão, a torcida superar a festa comemorativa do Centenário, na qual expôs o maior "mosaico" do mundo. Pelo que houve ontem na carreata, quero crer que será possível, sim, fazer algo maior ainda. Questão de engajamento. Será uma espécie de agradecimento ao elenco e à diretoria pelo que fizeram em suas diversas áreas de atuação. Esse conjunto harmonioso, rico em virtudes e talentos, merece todos os encômios. A chegada dos campeões ornamentou de azul, vermelho e branco a cidade amada. Justo delírio que não se esgota nas comemorações de ontem, até porque é um título eterno.
Dificuldades naturais
Já se sabe que, até o fim do certame, as dificuldades do Ceará serão enormes. Ontem, não foi diferente. Temi quando o Inter fez 1 a 0. Mas a reação mostrou mais uma vez que o Ceará tem força para encarar qualquer time grande do Brasil. O gol de Ricardinho, numa trama perfeita de Calyson e Artur, mostrou a importância que Ricardinho tem, apesar de algumas vezes injustiçado pela torcida.
Oportunidade
Nos minutos finais, o Ceará teve chance de ganhar, máxime em conclusão desperdiçada por Leandro Carvalho. Cardona e Eder Luís participaram de lances que também poderiam ter resultado em gol. Mas, no fim, o empate acabou traduzindo o equilíbrio. Agora novamente a contagem dos pontos para evitar o retorno ao rebaixamento. O melhor será dar o troco ao Bahia na Fonte Nova no próximo jogo. Buscar três pontos fora de casa será fundamental. Entendo que o Ceará tem condições de ser mais ousado diante dos baianos. É o caminho.
Impressionante a atuação de Richardson. Fôlego invejável. Além de muito bom no combate, também se mostrou atuante na frente, inclusive com finalizações. No primeiro tempo, teve uma sequência de duas conclusões em chutes fortes de fora da área. Se aprimorar a pontaria, poderá ter melhor proveito. Outro ponto essencial é a regularidade de produção que ele mantém. Isso é bom porque dá garantias de que com ele o nível será mantido sempre.
De placa seria o gol de Edenilsom, do Internacional. Ele saiu desfilando entre os defensores alvinegros, aplicando dribles curtos e a todos deixando para trás, haja vista sua velocidade. Entretanto, na hora da finalização, foi neutralizado. A propósito, ele não teve um segundo brilhante. Caiu de ritmo como, aliás, todo o time do Internacional. O empate foi bom para o Palmeiras.
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