F-1 tenta ser pop com Netflix, novas regras e estreantes

A Série "F-1: Dirigir para Viver", que mostra os bastidores da categoria, é estratégica para conquistar mais público. Nas pistas, serão quatro novos pilotos. Sem contar que as mudanças nos carros deixam a corrida mais rápida

Renovação é o tema da temporada de 2019 da Fórmula 1: entre os pilotos, mais da metade ou está de casa nova, ou é estreante; nos carros, mudanças aerodinâmicas buscam facilitar as ultrapassagens e movimentar mais as provas; nas regras, agora quem fizer a volta mais rápida também pontua; e, de quebra, a categoria tenta conquistar novos públicos se lançando no catálogo da Netflix.

A série "F-1: Dirigir para Viver" dá acesso sem precedentes aos bastidores das equipes e tem sido bem recebida pelo público em geral. A série faz parte da tática da Liberty Media, que assumiu o controle da categoria em 2017, de atrair audiência mais jovem. Tanto que, nos últimos dois anos, a Fórmula 1 foi o campeonato que mais cresceu em seguidores nas mídias sociais no mundo.

Mas o acesso maior a vídeos e aos bastidores não é a única diferença para esta temporada. Entre outras mudanças, chama a atenção a dança das cadeiras. 11 dos 20 pilotos ou trocaram de equipe ou são estreantes.

As mudanças que chamam mais a atenção são a ida de Charles Leclerc, na 2ª temporada e com 21 anos, para a Ferrari, e a troca de Daniel Ricciardo da Red Bull pela Renault. Há ainda Pierre Gasly, que ficou com a vaga de Ricciardo na Red Bull. As maiores mudanças foram do meio para o fim do pelotão: dois pilotos voltam ao grid - Daniil Kvyat, pela Toro Rosso, e Robert Kubica, pela Williams; Kimi Raikkonen voltou para o time que hoje se chama Alfa Romeo; Lance Stroll trocou a Williams pela Force India; e Carlos Sainz saiu da Renault e foi para a McLaren. Há ainda quatro pilotos fazendo sua primeira temporada.

Carros e regras

Há novidades ainda nas regras e, consequentemente, nos carros. As asas dianteiras estão mais simplificadas e um pouco maiores. Isso deixa o ar menos turbulento para o carro que vem atrás e facilita ultrapassagens. O mesmo princípio simplificou os dutos de freio e deixou as asas traseiras mais altas e largas.

Um resultado direto dessa mudança de dimensões é o aumento do poder da asa traseira móvel, que ganha 25% em eficiência. Para evitar que as ultrapassagens fiquem fáceis em alguns circuitos, a FIA vai diminuir o comprimento das zonas em que o DRS pode ser ativado.

Outras mudanças são o aumento da quantidade de combustível permitido, para que os carros forcem mais ao longo da corrida, e a distribuição de um ponto para quem fizer a volta mais rápida - desde que o piloto esteja no Top 10. Eles ganharam ainda "folga" em relação ao peso mínimo do conjunto carro e piloto.


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