Entidades discutem calendário, mas indefinição atrapalha

Os principais protagonistas do futebol cearense, como clubes e Federação, precisarão refazer os cenários do futuro calendário de competições à medida que a pandemia avançar ou recuar, com foco nos estaduais e Brasileirão

Legenda: Em seu último jogo antes da paralisação, o Castelão recebeu Ceará e Sport, no dia 15 de março
Foto: FOTO: KID JUNIOR

Com todas as competições do calendário brasileiro suspensas devido à pandemia de Covid-19, clubes, federações estaduais e CBF debatem os rumos do futebol, ainda que sem data para retomar a normalidade. O futuro é incerto e as decisões dependerão de quando o retorno acontecer.

E o grande dilema dos envolvidos é não saber se o calendário do futebol retorna em um mês ou só em meados de agosto. Por isso, os principais protagonistas do futebol cearense - clubes e federações - precisarão refazer os cenários das competições à medida que a pandemia avançar ou recuar.

Uma das primeiras medidas estudadas pelos clubes e Federação Cearense de Futebol (FCF) é realizar o restante do Estadual em paralelo com a Taça Fares Lopes, reduzindo o prejuízo aos participantes.

Mas segundo o presidente da FCF, Mauro Carmélio, este cenário pode mudar a cada projeção sobre a pandemia, devido à incerteza que paira em todo o mundo. "Tudo ainda é muito na teoria, no papel. Com oito dias, não dá para sonhar com a volta para abril ou maio. Talvez imaginar em junho ou julho. Ou torcer que possa ser agosto ou setembro. Tudo é vontade. Enquanto isso, só da para pensar em juntar os cacos do futebol cearense e brasileiro e torcer que os irmãos não peguem esse vírus, o coronavírus", declarou.

Prejuízos

Assim, inevitavelmente os clubes terão um calendário apertado com prejuízo nas competições. Mas, internamente, já receberam a informação da CBF de que a prioridade será concluir os estaduais e a Copa do Brasil, para só depois, adaptar o calendário das demais competições.

Por isso, a preocupação com o Campeonato Brasileiro é legítima, por se tratar de um certame com 38 rodadas e de pontos corridos. Novas fórmulas já foram debatidas, com 19 datas (um turno único de pontos corridos) ou 24, que poderia abrir espaço para "mata-mata". Qualquer que seja a mudança de formato, não agrada ao da CBF, mas uma definição depende da duração da paralisação do futebol.

Os presidentes de Vovô e Leão, integrantes da Série A, opinaram sobre a indefinição do calendário.

"Eu desejo que todos os campeonatos sejam disputados e finalizados. Mas, provavelmente, sendo jogadas datas reservadas para Libertadores, Sul-Americana. Claro que isso é apenas um desejo, já que qualquer projeção, agora, é prematura, pela epidemia que estamos vivendo. Temos que esperar o momento certo para definirmos isso", declarou Marcelo Paz, presidente do Fortaleza."Alguns Estados querem terminar seus campeonatos, aqui não sei como ficará. É uma situação difícil, calendário deve apertar, mas uma coisa é certa, ninguém vai abrir mão do Campeonato Brasileiro", afirmou o presidente do Ceará, Robinson de Castro.


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