É Hora de abrir o jogo e o verbo

Amanhã, às 19 horas, haverá a abertura do 22º Encontro Estadual de Cronistas Esportivos, sob a chancela da Apcdec (Associação Profissional dos Cronistas Desportivos do Estado do Ceará). Qual a situação dos profissionais da área? Essa pergunta é muito importante. Terão eles seus direitos trabalhistas respeitados? Quais as condições em que exercem seu ofício? Na medida em que o futebol profissional alcançou elevado patamar financeiro, terão os cronistas esportivos alcançado também maior valorização? Sendo eles responsáveis pelas informações e comentários sobre o esporte que o brasileiro venera, o futebol, e também sobre outras modalidades, certamente deveriam ter tido igualmente melhor reconhecimento. A realidade, porém, parece ser diferente. O 22º Encontro de Cronistas Esportivos é uma oportunidade rara para que seja feito um diagnóstico profundo da situação de vida dos integrantes da crônica, visando à devida correção de rumo. O encontro, além da aproximação e confraternização da classe, pode também revelar mazelas escondidas sob o tapete da acomodação. É hora, pois, de abrir o jogo. E o verbo...

Ritmo

No Fortaleza, Wellington Paulista ainda está abaixo do nível de participação de seus companheiros. Mas, quero crer, que entrará no mesmo ritmo na medida em que for utilizado, cumprindo uma sequência necessária ao gradual engajamento. A experiência ao lado de Junior Santos foi importante. Santos está num ritmo melhor, mas a dobradinha pode dar certo.

Contusões

O Ceará tem sofrido alguns resultados adversos por não poder utilizar jogadores importantes, máxime nos momentos de definição. Agora a situação se repete: caso de Wescley, com previsão de retorno em 15 dias, e de Juninho Quixadá, que voltou e logo sofreu nova contusão. E observem que são jogadores de alta qualidade, fato que faz enorme diferença.

Contra a extinção

Novo argumento contra as vozes que querem o fim dos campeonatos estaduais. Notem bem como as decisões nos estados têm lotado os estádios. Uma motivação especial prova que, com um pouco mais de inteligência e apoio, esses certames, ameaçados de extinção, ainda podem prosperar bem.

O artilheiro do Campeonato Cearense, Edson Cariús, está com 30 anos. Só depois do sucesso no Ferroviário, viu despertar o interesse de importantes clubes brasileiros. Os olheiros deste País falharam. Cariús é melhor que muitos atacantes que hoje defendem times da Série A. Ainda bem pode ser que agora tenha a oportunidade que lhe foi negada por tantos anos.

Assinalar gol sempre foi o objetivo de Edson Cariús. Assim, desde 2012 quando começou no Iguatu, marcou sua presença como artilheiro nato. Depois no Barbalha, Quixadá, Coruripe, Sousa, Alto Santo, Uniclinic, Floresta e, finalmente um time grande, o Ferroviário. Levaram seis anos para descobrir que Edson Cariús era goleador nato. Ele tinha quando surgiu fazendo gols.


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