Dois mais caros da Libertadores, Boca e Palmeiras se enfrentam

Partida é válida pela semifinal da competição sul-americana e coloca frente a frente dois times com rivalidade histórica. De goleada a decisões nos pênaltis, brasileiros e argentinos contam muito da história do futebol da região

Legenda: Felipão e Dudu conversam em treino do Palmeiras. Verdão encara o Boca, nesta quarta-feira
Foto: FOTO: CESAR GRECO/PALMEIRAS

A semifinal entre Boca Juniors e Palmeiras, às 21h45 desta quarta-feira, no mítico Estádio La Bombonera, reúne os elencos mais caros da Libertadores. De acordo com o site alemão Transfermarket, especializado em transferências internacionais, o Boca Juniors tem um time avaliado em R$ 495,1 milhões e o Palmeiras, em R$ 329,3 milhões. Embora as cifras sejam significativas no contexto sul-americano, elas estão distantes do mercado europeu. O Barcelona, por exemplo, vale R$ 1,1 bilhão, mais do que os rivais juntos.

O tamanho do investimento dos dois é diretamente proporcional à responsabilidade e cobrança de vencer. Antes de Felipão chegar, o Palmeiras vinha sofrendo com cobranças de campo relacionadas à quantidade de dinheiro gasto na compra de seus jogadores. O Boca se fortaleceu após a Copa da Rússia e gastou cerca de US$ 18 milhões (cerca de R$ 69 milhões) em reforços.

Bola rolando

Embora tenha caído na Copa do Brasil, o Palmeiras está firme na Libertadores. Venceu todos os jogos fora de casa, fez a melhor campanha e, por isso, fará a final em casa, caso se classifique. É favorito à conquista do Brasileiro com 81,1%. A vantagem para o segundo é de quatro pontos. "Espero ser campeão em pelo menos um torneio", diz Felipão.

O confronto desta quarta-feira vai além da equação entre investimentos realizados e títulos obtidos. O jogo tem história e mística. Em 1994, o Palmeiras fez 6 a 1 no Boca pela primeira fase da Libertadores. Até hoje, é o maior revés do clube argentino no torneio.

Após eliminar o Corinthians na semi da Libertadores de 2000, o Palmeiras enfrentou o Boca na final. As equipes empataram em 0 a 0 e levaram a decisão aos pênaltis. Deu o time de Riquelme. A história se repetiu no ano seguinte, desta vez na semifinal. Após 2 a 2 na Bombonera, o Palmeiras tinha a chance decidir em casa. Novo empate em 2 a 2 no tempo normal em jogo confuso. O Boca passou de novo nos pênaltis e foi campeão.


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