Descobrindo o time das Cataratas

Foz do Iguaçu. Esse time eliminou o Boa Esporte na primeira rodada da Copa do Brasil. Ganhou por 1 a 0 em casa no Estádio do ABC, palco onde também enfrentará o Ceará hoje. O Foz estreará no Campeonato Paranaense, dia 9 de março, enfrentando o Maringá. Não posso falar sobre o potencial do grupo porque não o vi jogar. É uma incógnita. O Estádio do ABC é pequeno. Tem capacidade para sete mil torcedores. Nesta segunda fase da Copa do Brasil, o regulamento estabelece que, em caso de empate, a decisão da vaga vai para a cobrança de pênaltis. Portanto, tira do anfitrião a obrigação de ganhar como estava posto na primeira fase. E não dá mais ao visitante a classificação mediante um empate. A Copa do Brasil é assim cheia de novidade. No próxima fase, vem o mata-mata. Sobre o Ceará, o time misto que empatou com o Barbalha foi uma vergonha. Parecia até que os jogadores estavam ali à força bruta. Hoje, creio, será diferente por diversificados motivos. Um deles: a cota elevada que sobe a cada rodada. Assim, nestes caminhos nebulosos de uma competição de regulamento esdrúxulo, vamos descobrir o time do Foz. E saber se encanta como as Cataratas.

Elogio da Loucura

Em 1509 Erasmo de Roterdã, teólogo e escritor holandês, escreveu o livro Elogio da Loucura, no qual criticou o fanatismo religioso e os maus costumes humanos da sociedade de sua época. No que se refere aos maus costumes, vale para agora. Lisca faz suas loucuras. Algumas dão certo, outras não. Algumas levam às vitórias, outras ao desconforto.

Costumes

O brasileiro é danado para desrespeitar horários. Chega atrasado em tudo. Casamento, nem falar. É coisa para uma hora e meia de atraso, se a noiva estiver de boa vontade. Os convidados que se danem. Há casamento marcado para sete da noite, já para contar com o atraso da noiva. Aí os convidados também atrasam. Ceni está seguindo o costume das noivas.

Espera

Ceni deixa a turma da imprensa esperando uma hora e meia, quando das entrevistas após os jogos. E ninguém pode reclamar, pois a entrevista não tem horário marcado. Mas não custaria a Ceni melhor atenção aos entrevistadores. Cada um dá o que tem. Questão de respeito. Cada um com sua loucura.

Não há programa mais fora de propósito que futebol no período de Carnaval. Pense num porre. No sábado de Carnaval, Guarany x Ferroviário no Junco. Deus meu... Ora, se no Carnaval já é inadequado o futebol, imaginem futebol na quarta-feira de cinzas. Todo mundo de ressaca. Aí tem Ceará x Atlético no Castelão. Para quem faz cobertura de três deias de folia, haja coragem, amigo.

Eu não me sentiria à vontade, se soubesse que durante uma hora e meia um grupo de radialistas e jornalistas estaria à minha espera para uma entrevista após o jogo. Cuidaria de apressar para evitar o chá de cadeira. Pior ainda é que o entrevistado chega com a maior cara de pau, sem um pingo de pudor pela maçada dada. Uma massagem com óleo de peroba pegaria bem neste tipo de gente.