Cotados para estar no topo

Legenda: Johnny Walker é uma das promessas no mundo do UFC
Foto: Kid Junior

Sabe aquela categoria do UFC em que Jon Jones reina absoluto? Se liguem, meus amigos. Os brasileiros estão aí, em alta, e pedem passagem entre os tops dos meio-pesados do Ultimate. Isso mesmo! A começar por Thiago Marreta, que parece ter convencido o presidente Dana White a ser o próximo na fila pelo tão cobiçado cinturão.

Após três vitórias seguidas por nocaute, a última sobre o polonês Jan Blachowicz, Marreta chegou à posição de nº 3 no ranking da divisão. Como Alexander Gustafsson e agora Anthony Smith viraram fregueses de Jones, e Daniel Cormier já descartou enfrentar novamente seu maior algoz, o único caminho é "Bones" encarar o brasileiro na próxima rodada. Algo que não deve demorar muito, já que o americano deseja lutar pelo menos mais duas vezes em 2019.

E será que Thiago Marreta está pronto para superar uma das grandes estrelas da maior companhia de MMA do mundo? Ao meu ver, ainda é cedo para cravar, pois embora o brasileiro tenha mostrado grande talento na divisão mesmo com apenas três lutas, Jon Jones tem técnica, habilidades e recursos que nenhum outro adversário possui ou demonstrou até hoje no UFC. Mas só o fato de já ter sido escalado pelo chefe para o próximo main event valendo a cinta e tendo pela frente um dos maiores lutadores do mundo, já é motivo para comemorar.

Realidade

Outras vezes escrevi aqui sobre o impulso que deu o brasileiro Johnny Walker (foto) logo depois de sua vitória arrasadora no UFC Fortaleza sobre Justin Ledet. E agora não resta dúvida nenhuma, depois de mais um show no octógono (venceu Misha Cirkunov no UFC 235), de que ele virou o mais novo diamante a ser lapidado por Dana White na categoria dos meios-pesados.

Além de ser um lutador versátil e dono de um arsenal incrível de golpes, Johnny é carismático e conquista fácil o público. O carioca está com sede de luta. Após subir para a 13ª colocação no ranking da categoria, disse estar disposto a enfrentar o ex-desafiante Alexander Gustafsson em seu próprio país, a Suécia.

Com a evolução de Johnny Walker a cada luta, não considero Gustafsson, que já tem uma larga estrada no esporte, um risco para o brasileiro, já que o lutador sueco está em baixa e com a autoestima desgastada por não ter ido bem na revanche contra Jon Jones. Portanto, Walker é outro que, em pouco tempo, deve estar na "cara do gol", pedindo um possível title shot (chance de título) caso consiga mais uma vitória, o que seria a quarta seguida.

Então fica claro que o caminho para a renovação brasileira na referida divisão já começou. Portanto, caminho cada vez mais curto para os veteranos Glover Teixeira e também para o ex-campeão Maurício Shogun Rua, que devem pendurar as luvas em breve.


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