Cearense Erick Anderson quer fazer história no SuperKite

Sem Carlos Mário, outro cearense ganha os holofotes, o kitesurfista de 21 anos, nascido no Cumbuco, já brilhou em 2018 com o 3º lugar e espera mostrar todo seu talento, conquistando melhores resultados

Legenda: Erick tem 21 anos, nasceu no Cumbuco e disputa a competição em casa
Foto: Foto: Fernando Braga / Divulgação

O Mundial de Kitesurfe Freestyle faz mais que mostrar o Ceará e as condições perfeitas para o atividade ao mundo, ele dá a chance de conhecer histórias que merecem atenção. Diferentemente do que acontece em outros países onde o kitesurfe é um esporte que atrai investimento para atletas, por aqui as conquistas dos velejadores cearenses é uma prova de como o talento supera as dificuldades. O melhor exemplo é o tetracampeão mundial, reconhecido e reverenciado em qualquer país em que o kitesurfe tem projeção: Carlos Mário, o Bêbê, estreou aos 15 anos no circuito mundial, cuja performance vem melhorando a cada ano.

É de Carlos Mário que vem a referência para outros jovens que sonham em viver como riders - velejadores de alto nível que competem no circuito mundial e cujos patrocinadores viabilizam uma vida voltada para o que eles mais sabem fazer: velejar.

Neste SuperKite, que é válido como final do circuito e definirá grandes campeões de 2019, Bebê não estará na água. No lugar dele, outro cearense ganha destaque, Erick Anderson, de 21 anos, nascido no Cumbuco.

Aos dez anos, ele saía da escola e corria para a Lagoa do Cauípe. Por lá, a diversão era ajudar os velejadores estrangeiros que já haviam descoberto o Cumbuco. Sem falar inglês, auxiliava-os no que podia, fazia amizades e queria tanto aprender a velejar que, quando os turistas estrangeiros iam embora, doavam seus equipamentos para que ele pudesse aprender a prática.

Até os 20 anos, em paralelo aos estudos, Erick assistiu à ascensão do amigo Carlos Mário como estrela do esporte que, sem perder a simplicidade e o amor pelos seus, continua até hoje treinando ali, junto com a garotada.

A porta aberta em 2018 com o 3º lugar do SuperKite levou amigos e apoiadores a viabilizarem recursos que o levaram, em 2019, primeiro à França, onde competiu na etapa de abertura do circuito. Depois à Republica Dominicana, onde treinou com o atual líder do circuito, Adeuri Corniel, e em seguida ao Marrocos, quando impressionou e conquistou o título de melhor manobra da etapa. Agora, em casa, o objetivo é vencer, mas não apenas a competição no Cumbuco.

"Vencer aqui significa mostrar como estou evoluindo, que posso ser competitivo em qualquer lugar do mundo. Meu maior sonho continua sendo viver do esporte. Ser inspiração para os mais jovens, compartilhar conhecimento e apoio, assim como recebi daqueles que sempre acreditaram em mim. Estou superconcentrado, vou fazer o meu melhor e buscar essa vitória", finaliza.

Erick aproveitou a chance de entrar no qualifier do SuperKite 2018, venceu e garantiu uma vaga para o mundial ao ficar em um ótimo 3º lugar

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Aos 10 anos, Erick saía da escola e corria para a Lagoa do Cauípe. Por lá, a diversão era ajudar os velejadores

A referência de Erick no kite é Carlos Mário, o Bêbê, ídolo e incentivador de todos os cearenses

 


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