Ceará trabalha para mudar perfil do elenco para 2020

Ao classificar a temporada do clube neste ano de medíocre e criticar atitude dos jogadores, presidente do Ceará afirmou que vai alterar o padrão do grupo, contratando atletas mais raçudos, como deseja o técnico Argel Fucks

Legenda: O técnico Argel Fucks quer jogadores com mais brio e luta em campo
Foto: Foto: Thiago Gadelha

Para não cometer os mesmos erros desta temporada, o Ceará trabalha com mudanças que já estão sendo feitas para 2020. Além de anunciar alterações no Departamento de Futebol com as chegadas de Sérgio Dimas e Jorge Macedo, o Vovô terá como prioridade mudar o perfil de atletas que irão defender a camisa alvinegra na próxima temporada.

Em entrevista após o fim da Série A, o presidente Robinson de Castro criticou a postura do elenco, foi duro ao dizer que a campanha no Brasileirão deste ano foi "medíocre" e afirmou que, para o próximo ano, deseja ter um perfil de atletas com compromissados e de "sangue nos olhos". Ou seja, jogadores com um estilo de mais entrega em campo, de muita raça, com o perfil que tem o atual treinador, Argel Fucks.

"Os jogadores não renderam o que a gente esperava. Negligenciaram. Faltava sangue no olho dentro de campo", lamentou o mandatário do Vovô, que seguiu explicando que tipo de plantel pretende montar para 2020. "Iremos rever o perfil de atletas. Queremos um elenco que tenha sangue no olho, fome, desejo, compromisso".

Com a permanência do técnico Argel Fucks, que chegou faltando apenas três rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro, as integrações de Jorge Macedo e Sérgio Dimas também serão de suma importância para que as decisões na hora de contratar - que também irão passar pela avaliação do treinador - sejam de acordo com a necessidade do clube para montar uma equipe mais competitiva, buscando também jogadores no mercado sul-americano.

O primeiro passo para isso acontecer foi Robinson de Castro ter deixado o cargo de diretor de futebol e ter aberto espaço para dois funcionários que já têm experiência e sabem lidar com o mercado do futebol Brasil afora.

"Aquele modelo (com ele como diretor de futebol) estava funcionando. Mas tivemos dificuldades de buscar alguns jogadores para determinadas posições. O mercado brasileiro não oferecia e o externo poderia ter. Eu tenho que ter inteligência pra acompanhar esse mercado e eu não tinha isso dentro do clube. Estamos na Série A. Precisamos de uma solução rápida. A minha carência tem que ser resolvida agora. O campeonato não brinca, é muito nivelado", explicou o dirigente alvinegro.

Modelos

Apesar da queda de rendimento do time do meio para a reta final do Brasileirão, alguns atletas foram exemplo do começo ao fim da disputa pela força de vontade mostrada dentro de campo, portanto, não se encaixando nas críticas do presidente Robinson de Castro, não endereçada a todos os jogadores.

O zagueiro Luiz Otávio chegou a jogar sentindo dores no calcanhar por saber de sua importância dentro de campo, por ser o melhor jogador do elenco e referência técnica do time. Outro exemplo que também pode ser citado é Fabinho. Experiente na Série A, o volante do Vovô foi sinônimo de raça e um dos que mais jogou pelo time no ano.

Reformulando sua equipe para que mudanças positivas aconteçam em 2020, o Ceará planeja ter um elenco com o espírito de mais compromisso, raça e que busque por grandes coisas nas disputas.


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