Bronze em 2015, Carol Horta vai ao Pan de Lima para lutar pelo ouro

Cearense faz dupla com Ângela, que mora em Brasília. Mesmo sem tanto tempo para treinar juntas, elas acreditam que é possível chegar nos Jogos e fazer bonito. Serão 16 duplas na disputa do naipe feminino

Legenda: Carol Horta mira ouro no Pan de Lima, neste ano
Foto: JL Rosa

O litoral do Ceará reserva encantos. Paisagens banhadas pelo mar e acompanhadas da fresca brisa são componentes do cenário existente. Elementos que exalam beleza e também ajudam a forjar os desportos na areia. Dentre tantos, o vôlei de praia se sobressaiu e foi um dos fatores que fizeram a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) eleger a cearense Carol Horta como a mais experiente da delegação nacional que disputará os Jogos Pan-Americanos, sediados em Lima, no Peru, entre os dias 25 e 30 de julho deste ano.

Medalhista na competição em 2015, quando fez a estreia no Pan e conquistou um bronze, a jogadora tem a missão de manter a hegemonia do País que mais vezes subiu ao pódio: 11 medalhas. Ao lado de Ângela, com quem faz dupla desde setembro do ano passado, a atleta divide a responsabilidade e busca o ouro inédito na carreira.

“Existe pressão porque o Brasil é sempre favorito à medalha de ouro. Mas é só pelos resultados, não pelas pessoas. A gente viaja com essa responsabilidade”, relatou Horta.

A jogadora também afirmou que a primeira experiência no torneio a ajudou quanto ao seu amadurecimento profissional. “Era o meu primeiro ano jogando competição internacional, então foi um momento de descoberta. A gente conseguiu a classificação e fui muito sem experiência, sem saber como era. Mas agora estou mais amadurecida e isso ajuda muito nessa nova etapa”, afirmou, relembrando a medalha conquistada com a ex-parceira Lili, em 2015.

Preparação
O maior desafio da dupla é o entrosamento. Com recentes triunfos em etapas do Circuito Mundial, as jogadoras encontram dificuldades para treinar pela distância das moradias - Horta reside na cidade de Fortaleza, enquanto Ângela mora em Brasília.

“Vamos completar quase um ano de dupla e a distância pesa um pouco. Com as competições, acabamos treinando antes e se conhecendo mais ao longo da parceria. Hoje, estamos melhor quanto a saber o que a outra vai fazer”, analisou Horta. Para fechar a preparação, as jogadoras vão realizar atividades no Centro de Desenvolvimento do Voleibol, em Saquarema, no Rio de Janeiro, após intensificarem as habilidades individuais.

Campeão na retaguarda

A dupla é treinada pelo renomado Reis Castro, técnico que trabalhou também com Juliana e Larissa - uma das maiores equipes da história do vôlei de praia. Octacampeão mundial e bicampeão do Pan-Americano, o comandante traz uma curiosidade com relação a Carol Horta. Além de treinador, é também marido da cearense. Trunfo que a atleta agrega para preparação.

Competição

“É difícil essa relação marido e técnico. Tem um momento no treino que há uma discussão e você fica com raiva, aí chega em casa e está junto. Aos poucos, conseguimos separar essa situação, o que é de casa e o que é do treino. A gente conseguiu viver bem”, explicou Carol. O vôlei de praia nos Jogos Pan-Americanos será disputado por 16 duplas, distribuídas em quatro chaves de quatro. As duas melhores de cada grupo se classificam às quartas de final e então avançam sucessivamente para semifinais e final.

Representantes

A fórmula é a mesma para os homens. Na categoria masculina, Oscar e Thiago são os representantes brasileiros e estreiam na competição nesta edição.
Mesmo com apenas uma dupla por país em cada naipe, as disputas dos torneios de vôlei de praia no Pan-Americano são sempre bem disputadas.

Os Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, têm data de início em 26 de julho e vai terminar em 11 de agosto.