Brasil e Peru chegam à decisão após evoluírem na Copa América

Brasileiros e peruanos chegam para a decisão da Copa América, um com status de "favorito" e o outro como "franco atirador". Mas se tem algo que essa competição mostrou, é que não existem favas contadas

Legenda: Brasil e Peru decidem título da Copa América deste ano
Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Essa final tem pontos distintos e também uma semelhança. Uma Seleção que chega cumprindo realmente o que se esperava, que, no caso, é a brasileira, e a outra surpreendendo a todos, talvez até a eles mesmos, claro, a peruana. A semelhança é que tanto Brasil quanto o Peru vêm crescendo de produção durante o torneio. Os comandados de Tite tiveram o quase tropeço diante da Seleção Paraguaia nesta caminhada, enquanto o time de Ricardo Gareca levou de 5 a 0 da própria Seleção Brasileira.

O Brasil tinha a expectativa de realmente chegar nesse último degrau da competição, por vários motivos. O primeiro deles é por ser a melhor seleção no papel, também por jogar em casa, e ainda, o jejum e a pressão pelo título, até para a manutenção do técnico Tite. Não vencemos nada desde a desvalorizada Copa das Confederações de 2013, também como mandantes.

Tudo isso deixou o Brasil quase que com a obrigação de ser o campeão da Copa América de 2019.

O que ninguém esperava era que o adversário de domingo, no Maracanã, fosse o Peru, o qual o próprio Brasil goleou na 1ª fase, e só se classificou como uma das duas melhores terceiras colocadas, atrás até da renovada Venezuela. O detalhe é que, de lá para cá, existem pontos interessantes a se destacar.

Pontos em comum

Na 1ª fase, o jogo tinha um olhar de tensão e a expectativa se, enfim, o Brasil iria "desabrochar". Quem vencesse seria o líder do grupo. Poderíamos até terminar em 3º lugar. O Peru vinha com o "status" de segunda força. Um erro de estratégia peruana, dando muito espaço para o ataque canarinho, somado com a boa atuação do novo trio ofensivo, Cebolinha, Gabriel Jesus e Firmino, culminou no placar bastante elástico.

Hoje, olhando para o que nos espera na decisão de domingo, vemos um Peru muito mais organizado taticamente, e tecnicamente conseguindo se soltar mais em campo. Sem falar na motivação dos bicampeões dessa competição. O Peru ganhou a Copa América sempre que chegou à decisão.

No jogo contra o Uruguai, o time de Paolo Guerrero se preparou para se defender e jogar por uma bola, que acabou não surgindo e, nos pênaltis, foi o caminho para chegar à semifinal. Contra o Chile, a estratégia peruana foi implacável.

Marcaram os chilenos em cima, pressionando a saída de bola, algo inimaginável até então. Deu muito certo. Essa aplicação, juntamente com a falta de criatividade do time de Rueda para se desvencilhar dessa postura, resultou no 3 a 0.

Apesar de ser válido ressaltar essa real evolução peruana, o Brasil é um total favorito para o confronto. Alisson não leva gol faz nove jogos, Gabriel Jesus se recuperou na partida contra a Argentina e o Maracanã deve ter maioria brasileira.