Brasil de volta ao topo do UFC?

VAI ENCARAR?

O ano de 2019 pode representar muito para o MMA brasileiro, que tenta recuperar sua hegemonia dentro do Ultimate. De maio até julho, são quatro representantes do Brasil que estarão diretamente envolvidos em disputas de cinturão, o que abre chance para um cenário perfeito, rumo à consagração destes atletas.

Já no dia 11 de maio, no UFC Rio 10, será a vez de Jéssica Bate-Estaca (foto) encarar a campeã peso-palha Rose Namajunas, na luta principal do evento. Será a grande oportunidade da nossa "cyborguinha" coroar sua performance dentro da divisão. Só que, para isso, ela vai precisar superar uma das lutadoras mais técnicas do UFC, até mais que a polonesa Joanna Jedrzejczyk, que já superou a própria Jéssica.

Em seguida, no dia 8 de junho, teremos Marlon Moraes enfrentando Henry Cejudo pelo cinturão vago da categoria peso-galo. "Magic" sabe que terá pela frente um campeão olímpico, mas com certeza não sofrerá tanto no corte de peso, como foi o caso de TJ Dillashaw. Fica a expectativa para mais uma boa performance do brasileiro e a confirmação do tão sonhado título.

Por fim, a cereja do bolo está guardada para o dia 6 de julho, no UFC 239, em Las Vegas, onde Thiago Marreta e a multicampeã Amanda Nunes estarão em ação contra Jon Jones e Holly Holm, respectivamente. Jones, inclusive, rechaçou a possibilidade de subir para os pesados para bater de frente com seu maior rival (Daniel Cormier) e preferiu dar a vez merecida para o brasileiro na sua divisão (meio-pesado).

Por outro lado, Nunes e Holm se encontram na coluta principal. A "Leoa" pode fazer sua luta de despedida do MMA, fechando um ciclo com chave de ouro e ratificando a fama de ser a melhor lutadora de todos os tempos.

Palpites

Sendo bem franco, acredito que a luta entre Jéssica e Namajunas será equilibrada, com leve vantagem da brasileira, que estará em casa e contará com o apoio da torcida. No caso de Moraes vs Cejudo, a luta em pé deve favorecer ao nosso representante.

E no dia 6 de julho, francamente, não vejo Thiago Marreta sendo capaz de tomar o cinturão de "Bones", que deve explorar, e bem, o controle da distância e a luta agarrada, na qual evoluiu bastante. Não é à toa que o cara tem a maior envergadura da divisão (2,11m).

Marreta é muito bom na trocação, tem grande poder de nocaute, mas Jones está em outro nível, bem acima do brasileiro. Essa é a realidade. Controle de luta é mesmo com o americano, que não vai querer manchar seu cartel com uma derrota por nocaute. Por isso a tendência do combate ser definido na luta agarrada. Por fim, entre Nunes e Holm, um franco duelo de muito respeito e trocação. A brasileira pode, mais uma vez, se valer de sua agressividade, que destruiu a compatriota Cris Cyborg em poucos segundos.

Portanto, em pelo menos dois dos quatro duelos, o Brasil é favorito.


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